Grandes fabricantes de automóveis estão investindo bilhões de dólares em pesquisa e desenvolvimento de baterias sólidas, que podem triplicar a autonomia de carros elétricos. Essa nova tecnologia tem o potencial de transformar o mercado.
Atualmente, um carro elétrico que utiliza uma bateria de íon-lítio da geração atual pode ter uma autonomia de cerca de 500 quilômetros, a depender do modelo.
Com a nova tecnologia da bateria sólida, esse alcance pode triplicar a autonomia, chegando a 1.500 quilômetros.
Além disso, a durabilidade da bateria pode dobrar, passando de 5 mil para 10 mil ciclos. Cada ciclo representa uma carga e descarga. Por fim, o tempo de recarga pode ser reduzido drasticamente, de uma hora para apenas oito minutos.
Por enquanto, os dados são uma estimativa de como a nova tecnologia pode funcionar, uma vez que o projeto ainda está em fase de desenvolvimento.
A expectativa é de que as baterias sólidas demorem para chegar no mercado. As previsões mais otimistas são para a partir de 2027.
Obstáculos e vantagens
Um dos obstáculos para a implantação da nova tecnologia em baterias elétricas é o custo de produção.
Por outro lado, a bateria sólida pode ter uma vida útil maior do que a de íon-lítio. Modelos atuais costumam durar cerca de 10 anos, e o preço de troca pode chegar a até metade do preço do veículo.
Especialistas afirmam a bateria sólida pode ter uma vida útil de até 18 anos, além de ser mais segura.
Mercado
Atualmente, a Noruega é o país que mais vende elétricos e híbridos, proporcionalmente. Em 2022, esses modelos representaram 88% das vendas de veículos.
Já na China, que é o país que mais produz carros no planeta, as vendas de elétricos ou híbridos representaram 29% das vendas, em 2022.
Na Europa, no mesmo ano, o índice foi de 21%. Enquanto isso, nos Estados Unidos, a fatia foi de 8%.
No caso do Brasil, elétricos ou híbridos somaram apenas 1% das vendas de veículos em 2022. Especialistas afirmam que o país tem um desafio maior, por causa da falta de infraestrutura e pela extensão territorial.