O ex-jogador da seleção brasileira Daniel Alves deixou a prisão em Barcelona, na Espanha, nesta segunda-feira (25/3), após pagamento de fiança de 1 milhão de euros (cerca de R$ 5,4 milhões).
Daniel estava preso de forma preventiva há 14 meses e cerca de um ano depois, foi condenado a 4 anos e 6 meses de prisão pelo Tribunal de Barcelona por “agressão sexual”, um crime que na Espanha é equivalente ao que é considerado o estupro no Brasil.
De acordo com a sentença, uma mulher de 23 anos foi abusada por Alves no banheiro de uma discoteca em Barcelona na madrugada de 31 de dezembro de 2022. Ele nega as acusações.
Condenação
A Justiça espanhola condenou Daniel Alves no último dia 22 de fevereiro pelo estupro de uma jovem no banheiro de uma cabine privada da Boate Sutton, em Barcelona, na noite de 30 de dezembro de 2022. De acordo com o Judiciário, Alves teria forçado a vontade da vítima “com uso de violência”.
Na sentença, o tribunal determinou que o brasileiro, que já se encontrava em prisão preventiva pelo crime de agressão sexual, teria que cumprir uma pena de quatro anos e meio de prisão, cinco anos de liberdade vigiada e nove anos de afastamento da vítima, que deveria ser compensada ainda com 150 mil euros (R$ 804 mil na cotação atual).
No julgamento, que ocorreu entre os dias 5 e 7 de fevereiro, o Ministério Público pediu nove anos de prisão para Alves, enquanto a acusação exercida pela vítima solicitava 12 anos. O tribunal, que aplicou a hipótese atenuante de reparação do dano, concluiu que está provado que Daniel Alves “agarrou subitamente” a vítima, atirou-a ao chão e, impedindo-a de se mexer, violentou-a.
Segundo o tribunal, “para a existência de agressão sexual não é necessário que ocorram lesões físicas, nem que haja provas de oposição heroica por parte da vítima a manter relações sexuais”.