Um esquema bilionário que se perpetua por mais de duas décadas – segundo investigações de diferentes forças de segurança – coloca o crime organizado na linha de frente do comando em empresas e cooperativas do transporte público na cidade de São Paulo.
Juntas, as empresas na mira das investigações respondem por cerca de um quarto do transporte diário de passageiros paulistano. O suposto esquema criminoso segue em apuração, agora com um novo capítulo.
A prefeitura de São Paulo abriu duas sindicâncias e disse colaborar com informações necessárias à polícia na apuração sobre a destinação de recursos dos cofres públicos a empresas sob suspeita de envolvimento direto com o Primeiro Comando da Capital (PCC).
“A Setram (Secretaria Executiva de Transporte e Mobilidade Urbana) e a SPTrans (São Paulo transporte S.A.) informam que acompanham e colaboram com a polícia em tudo que é solicitado e é de seu total interesse que todos os esclarecimentos legais sejam feitos perante as autoridades policiais e à Justiça”, informou em nota.
Um levantamento feito pelo Estadão revelou repasses de mais de R$ 800 milhões feitos no ano passado a pelo menos três empresas sob suspeita de serem comandadas ou terem em suas linhas de comando “laranjas”, testas de ferro ou membros do alto escalão da maior facção criminosa brasileira, que figura como uma das maiores da América do Sul e com operação criminosa em diversos cantos do planeta.
As empresas sob investigação – em processos que seguem sob segredo de justiça – são a Transcap, a Transunião e a UPBus. O advogado que representa a Transcap afirmou que um dos acionistas apontados pelo esquema foi absolvido pela justiça.
*Com informções da Gazeta do Povo