O Governo do Distrito Federal (GDF) inaugurou, nesta terça-feira (6), um novo espaço de lazer para turistas e moradores da capital federal desfrutarem da beleza da orla do Lago Paranoá. Com um investimento de R$ 8,2 milhões, a área localizada entre a Concha Acústica e o Museu de Arte de Brasília (MAB) foi equipada com calçadas, estacionamentos, paisagismo e uma praça que agora interliga os dois centros culturais.
A obra faz parte de um convênio entre a Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec) e a Novacap, visando à construção de calçamento e espaços de lazer. Durante a inauguração, o governador Ibaneis Rocha destacou a importância das intervenções.
“Esse lugar é um dos mais belos da nossa cidade e estava abandonado há muitos anos. Nós fizemos um trabalho de paisagismo, de reconstrução de calçadas. O pessoal da Seduh [Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação] fez um projeto lindíssimo, e agora está aí mais um espaço para a população do DF poder aproveitar. Está a cargo das secretarias de Cultura e Turismo [Setur] trazer eventos para cá para que a gente possa valorizar cada vez mais essa área”, disse o governador.
Foram executados serviços de drenagem pluvial, com instalação de grelhas de ferro fundido, construção de 12.398 m² de calçada em concreto e implantação de 3.969 m² de ciclovia. O paisagismo inclui um amplo gramado com cerca de 8,3 mil mudas do Cerrado. Além disso, para o conforto dos visitantes, foram instalados 14 bancos individuais e 29 coletivos, juntamente com placas de sinalização que incluem recursos de linguagem em Braille e piso tátil.
Espaços culturais
Com a reforma, os equipamentos públicos projetados pelo arquiteto Oscar Niemeyer na década de 1960 passam a ser interligados pela Praça das Artes, demonstrando o compromisso do GDF com a cultura, a arte e a valorização do patrimônio histórico do DF.
“A Concha Acústica é um símbolo de Brasília, um lugar extremamente dedicado à cultura e que reflete muito também um espírito que Brasília tem, que é esse museu a céu aberto. Penso que quando o Djavan escreveu a música Linha do Equador, o céu de Brasília, traço do arquiteto, acho que ele estava por aqui na Concha Acústica. É um lugar muito bonito que precisava de uma intervenção”, pontuou o secretário de Cultura e Economia Criativa, Cláudio Abrantes.
O gerente do MAB e da Concha Acústica, Marcelo Gonczarowska Jorge, lembrou que esse é um dos principais objetivos das melhorias: “São dois dos espaços culturais mais antigos da cidade, e não havia uma ligação física entre eles. Agora temos isso, o que permite que turistas e brasilienses visitem os dois espaços simultaneamente. O visitante pode explorar o museu, a Concha Acústica e o Lago Paranoá, conhecendo o legado cultural da cidade”.
Outras obras
A Concha Acústica, que não passava por reformas havia cerca de 18 anos, ganhou, com este último trabalho, duas intervenções na gestão do governador Ibaneis Rocha. Em 2021, o espaço teve sua estrutura interna totalmente restaurada. Entre os serviços, estão a pintura completa, troca de piso e alambrado, instalação de refletores, substituição de vidros, limpeza das lajes, reparos hidráulicos e elétricos. O investimento foi de aproximadamente R$ 500 mil.
Localizada às margens do Lago Paranoá, a Concha Acústica tem capacidade para abrigar 5 mil pessoas, conta com 200 bancos de concreto e possui uma área de 29.750 metros quadrados e área construída de 8.435 metros quadrados dedicada a apresentações artísticas ao ar livre.
Possui ainda uma concha de 42 metros de comprimento e 5 metros de altura na parte mais elevada, além de dependências para bilheteria, camarins, banheiros, além de estacionamento público.