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“Irresponsáveis” diz Ministro Fux ao barrar dia do patriota em Porto Alegre

Foto: Felipe Sampaio/SCO/STF
Foto: Felipe Sampaio/SCO/STF

Com duros recados aos parlamentares de Porto Alegre (RS), o ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu a lei que instituiu o Dia do Patriota, a ser celebrado no 8 de janeiro – dia da invasão às dependências do Planalto, Congresso e STF, em Brasília.

“Patriotismo não se concilia com a anarquia. Esse dia 8 de janeiro de 2023 só admite uma categorização: o dia da infâmia” disparou o ministro.

Para Fux, a lei que instituiu o Dia do Patriota é um “quadro sem retoques do que representam legisladores irresponsáveis”. Segundo o ministro, “sob a máscara do amor à pátria”, a norma “exalta a atuação” dos manifestantes que depredaram as sedes dos três Poderes.

“Os infames atos do dia 8 de janeiro entraram para a história como símbolo de que a aversão à democracia produz violência e desperta pulsões contrárias à tolerância, gerando atos criminosos inimagináveis em um Estado de Direito. O dia 8 de janeiro não merece data comemorativa, mas antes repúdio constante, para que atitudes deste jaez não se repitam” afirmou.

A decisão atende a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) e foi assinada nesta segunda-feira (28), mesmo dia que vereadores de Porto Alegre decidiram revogar o Dia do Patriota. Apesar do esvaziamento da ordem de suspensão, o despacho de Fux serviu para fazer duras ponderações sobre o 8 de janeiro.

O ministro disse que a “discricionariedade legislativa” de nenhuma das cidades do país pode chegar ao “patamar ilógico de conferir a um Poder Legislativo municipal fazer apologia de atos considerados criminosos”, ainda mais transformando a mesma em lei.

“Atuar, efetiva ou simbolicamente, contra o regime democrático é violentar a Constituição que lhe institui, é ceifar lhe de morte” indicou.

 

 

*PN

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