Rodrigo Maia (DEM-RJ) fala em corte de salários dos três poderes para destinar recursos ao combate à epidemia do coronavírus, mas não apresenta nenhuma medida concreta, nem pretende retirar dinheiro do fundão, de R$ 2 bilhões que são consumidos em 40 dias de campanha eleitoral na impressão de santinhos e outros mimos.
Na entrevista concedida ao jornalista Datena na manhã desta terça-feira (24) o presidente da Câmara dos Deputados usou de sua astúcia para escapar da pergunta sobre o dinheiro do fundão e sob a desculpa de que a população irá empobrecer defende o corte de salário de funcionário público.
O corte pode chegar a 50% do funcionário com salário acima de R$20 mil reais. Uma grande minoria. Rodrigo Maia não disse se os deputados teriam seus salários reduzidos ou suspensos ou se os subsídios e passagens áreas seriam cortados durante o período da crise.
O presidente Jair Bolsonaro arriscou em cortar salários , através do art. 18 da MP 927, da inciativa privada e quase foi decapitado. Já no caso do deputado carioca a benevolência prevalece numa solidariedade oportunista, por parte da mídia e do establishment.