Pela terceira vez consecutiva, o Banco Central manteve a taxa Selic em 15% ao ano. A decisão, unânime no Comitê de Política Monetária, reflete um cenário de incerteza econômica e pouca previsibilidade fiscal. O recado é claro: enquanto o governo federal não sinalizar responsabilidade no controle de gastos e equilíbrio das contas públicas, o juro continuará alto — custando mais caro à população e ao setor produtivo.
A taxa atual permanece em nível considerado contracionista, restringindo o crédito, desaquecendo investimentos e encarecendo financiamentos. Empresários adiam planos, famílias freiam compras e a economia anda de lado. Em outras palavras, a Selic permanece como muralha defensiva contra uma inflação que poderia disparar caso o governo ampliasse despesas sem contrapartida fiscal.
Mesmo com projeções de queda lenta nos próximos anos, o cenário exige clareza e estabilidade — fatores que o governo Lula ainda não conseguiu entregar. Sem uma âncora fiscal confiável, o país paga o preço da desconfiança.
O Banco Central apenas segura o leme. Mas é o Planalto que precisa parar de balançar o barco.
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