“O Grande desafio é isolar os novos casos”
A responsável pelas cidades de Ceilândia e Brazlândia, Drª Lucilene Florêncio, a médica ginecologista está à frente das ações da Secretaria de Saúde e concedeu aos Blogueiros de Política de Brasília uma entrevista coletiva virtual.
O governo tem tratado a pandemia como prioridade. As ações desenvolvidas, segundo Lucilene Florêncio, vão desde entrega de equipamento de segurança para os servidores públicos à distribuição de máscaras e de álcool em gel para a população, a construção de novos equipamentos para atender a população. “Para que a gente preste uma assistência de excelência, de qualidade, a gente precisa, primeiro, ter a colaboração da sociedade em relação às medidas preventiva”, afirma
Para Lucilene, é muito difícil chegar implementar o isolamento e as restrições de circulação em uma população com essas características. Ela contou que irá falar com o secretário da Saúde para traçar essa estratégia. É preciso entender que Ceilândia é um mundo à parte. Uma cidade com comportamento diferente.
“Talvez a gente precise ver nos grandes adensamentos populacionais do mundo, como nos países asiáticos e da Europa, ações que foram tomadas nesse estágio. Didaticamente, poderíamos dizer que estamos na fase dois da pandemia. A fase um é até 50 dias após o primeiro caso oficial, que no Brasil foi em fevereiro. Hoje estaríamos com mais de 100 dias do primeiro caso”, disse.
Segundo ela, agora é preciso traçar estratégias para que os casos novos sejam isolados e os contactantes sejam acompanhados. Há certeza por parte da superintendente de que a Secretaria de Vigilância a encaminhar no sentido do isolamento e de proteger determinados locais, onde a gente tem maior número de casos. É possível fazer isolamento setorizado.
“Naquela quadra, naquela rua. Paralisar os locais em que o mapa de calor está mais ativo, onde o georreferenciamento ainda não mostrou que ali está tendo grande número de casos. Calculamosum raio de 1 Km. Quando começa a ter mais de oito casos, dizemos que é uma área quente. Uma área vermelha que já está gerando preocupação.”