Rodoviários do Distrito Federal não vão deflagrar nova greve geral. Pelo menos, por enquanto. Em assembleia realizada na manhã deste domingo (9), a categoria decidiu voltar a rodar normalmente, uma vez que a frota já estava reduzida em 30% nos horários de pico desde o começo da semana passada. Motoristas e cobradores aceitaram a última proposta apresentada pelas empresas de ônibus, em que salários e benefícios (vale alimentação e cesta básica) serão reajustados em 4% – retroativo a 1º de maio. Inicialmente, os trabalhadores reivindicavam aumento de 10% na remuneração e 20% nos benefícios.
“Essa oferta foi feita ontem (8), no fim da tarde. E ficou decidido ainda que uma nova proposta deverá ser apresentada nos próximos 30 dias. Só assim, teremos, de fato, ganho real. Se isso não acontecer, a hipótese de paralisar as atividades entra de novo em discussão”, disse o diretor do Sindicato dos Rodoviários, José Carlos da Fonseca.
De acordo com a Polícia Militar, cerca de 500 rodoviários participaram da assembléia de hoje, no estacionamento do Conic, no centro de Brasília. Atualmente, o sistema de transporte público opera com 12 mil rodoviários e a frota é composta por mais de 2,5 ônibus, que atendem, em média, cerca de um milhão de passageiros por dia.
Por precaução, o Governo do Distrito Federal já tinha entrado com uma ação na Justiça contra uma eventual greve. E, desde sexta (7), tinha liminar favorável do Tribunal de Justiça do DF (TJDFT), por meio da 2ª Vara de Fazenda Pública, em que obrigava as empresas a manterem 100% da frota entre 5h30 e 9h30, e das 16 às 19h30, quando o número de passageiros é maior. Nos demais horários, a quantidade de ônibus em circulação deveria cair para 50%.