O Brasil saiu de um depressão profunda em 2016, deixado pelos economistas “progressistas monetaristas”. O ciclo de desenvolvimento econômico tem prazo de maturação, crescimento e desenvolvimento sustentável. |
A economia brasileira registrou em 2019 o desempenho positivo e cresceu 1,1%, terminando o ano com perdas de investimento e levantando dúvidas sobre a atividade em 2020 em meio a potenciais danos provocados pelo coronavírus.
O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil mostrou desaceleração em relação à taxa de expansão de 1,3% em 2018 e 2017, de acordo com os dados divulgados nesta quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O ano passado foi marcado por um ritmo fraco da atividade. A economia cresceu 1,7% no quarto trimestre sobre um ano antes. Mas frente aos três trimestres imediatamente anteriores o PIB desacelerou a alta para 0,5%, igualando expectativa em pesquisa da Reuters.
Esse resultado representou piora na comparação com o terceiro trimestre, quando o PIB cresceu 0,6%. Mas logo no início do ano o crescimento já havia tropeçado, em meio ao rompimento da barragem da Vale em Brumadinho (MG), o que gerou temores de recessão técnica.
A economia do Brasil mostrou estagnação no primeiro trimestre de 2019 (depois de também variação zero no último trimestre de 2018 -período de troca de governo) e avançou 0,5% no segundo trimestre de 2019 já com novo ministro da economia que tomava conhecimento das entranhas da pasta.
Despesas
O IBGE mostrou que, do lado das despesas, o que sustentou o crescimento em 2019 foi a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), uma medida de investimento, e as despesas das famílias, com crescimentos de 2,2% e 1,8%, respectivamente.
O Gráfico 2 mostra as taxas reais de crescimento em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, tanto para o PIB quanto para o PIB per capita (1,2% e 0,4% de crescimento, respectivamente). |
Crescimento contínuo
Entretanto, somente no quarto trimestre a FBCF apresentou recuo de 3,3% sobre os três meses anteriores, mostrando uma virada nos investimento após resultados positivos nos dois trimestres anteriores. A falta de ímpeto, causado pela guerra comercial entre EUA X China, principalmente, para investimentos se deu a despeito da aprovação da reforma da Previdência que não gerou os dividendos esperados.
As despesas das famílias tiveram aumento de 0,5% no quarto trimestre, principalmente devido à liberação programada do FGTS e 13º salários que proporcionaram as festas de fim de ano , abaixo da taxa de 0,7% entre julho e setembro.
Serviços
Do lado da produção, Agropecuária e Serviços cresceram cada um 1,3% no ano, enquanto a indústria expandiu 0,5%, igualando o desempenho de 2018.
No quarto trimestre, a fraqueza foi a principal marca, com a indústria desacelerando o crescimento para 0,2%, contra 0,8% antes, e a agropecuária apresentando contração de 0,4%, depois de ter crescido 1,4% no período anterior.
O destaque positivo foi o aumento de 0,6% em serviços, melhor resultado no ano na base de comparação trimestral. Os serviços respondem pela maior parte do PIB.
Depois da perda de vigor no final de 2019, o que estimula cautela, 2020 começa com fortes incertezas sobre os impactos do coronavírus na economia mundial e da China, com o comércio sob os holofotes, já que o país asiático é o maior parceira comercial do Brasil.