Mauro Cid tem prisão decretada e revogada após suspeita de tentativa de fuga para Portugal

Foto: Geraldo Magela / Agência Senado
Foto: Geraldo Magela / Agência Senado

mauro cid tem prisão decretada e revogada após suspeita de tentativa de fuga para portugal

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, expediu nesta sexta-feira (13) um mandado de prisão contra o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, sob a suspeita de tentativa de fuga para Portugal. Horas depois, porém, o próprio magistrado revogou a ordem, determinando que Cid seja conduzido apenas para prestar depoimento à Polícia Federal (PF) ainda hoje.

A investigação conduzida pela PF apura suposto esquema no qual o ex-ministro do Turismo Gilson Machado teria atuado junto ao Consulado de Portugal em Recife (PE), em maio de 2025, para viabilizar a emissão de um passaporte português em nome de Mauro Cid. A obtenção do documento seria o primeiro passo para a fuga do militar ao exterior, o que poderia atrapalhar o andamento do inquérito sobre a trama golpista em curso no STF.

Em análise dos dispositivos eletrônicos apreendidos, agentes da PF encontraram em janeiro de 2023 arquivos que comprovam a busca pela cidadania portuguesa por parte de Cid, poucos dias após os atos do dia 8 de janeiro. Segundo o advogado de defesa Cezar Bittencourt, o pedido feito em 11 de janeiro de 2023 destinou-se “única e exclusivamente” a proteger esposa e filhas que já detêm dupla nacionalidade, sem qualquer intenção de fuga.

Mauro Cid é um dos 30 réus denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) no inquérito que investiga tentativa de golpe de Estado para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2023. Indiciado por abolição violenta do Estado de Direito, organização criminosa e incitação ao golpe, Cid já foi preso em maio de 2023 e março de 2024, tendo sido solto após colaboração premiada e cumprimento de medidas cautelares.

Na manhã desta sexta, a PF cumpriu mandados de busca e apreensão na residência de Cid, em Brasília (DF), reunindo elementos que serão incorporados ao relatório final do inquérito. Apesar da ordem inicial de prisão, o militar permanecerá em liberdade até o término dos depoimentos, conforme decisão de Moraes.

O caso reforça o caráter multifacetado da investigação sobre a trama golpista, envolvendo figuras de alta patente militar e ex-ministros do governo anterior. A expectativa é de que a conclusão do inquérito seja enviada ao STF nas próximas semanas, quando caberá ao relator decidir sobre eventuais prisões preventivas e desmembramentos do processo.


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Hamilton Silva
jornalista e economista, fundador e editor-chefe do portal DFMobilidade

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