Conservação, turismo e corredores ecológicos
A iniciativa faz parte das ações do governo brasileiro que visam aliar conservação ambiental, promoção de emprego e renda, e lazer. A rota cortará sete unidades de conservação (como a Reserva Extrativista Marinha Tracuateua e o Parque Estadual do Utinga) e seis territórios quilombolas. O trajeto permite que o visitante possa conhecer o modo de vida das populações extrativistas, como coletores de caranguejo e pequenos agricultores.
Com mapas, sinalização, orientações para os caminhantes e o apoio de moradores locais e pequenos prestadores de serviços o percurso pretende ser muito bem guiado. Por meio do app e plataforma digital eTrilhas, os visitantes poderão conhecer os prestadores de serviços nas proximidades. O Ministério do Meio Ambiente informou que o traçado foi planejado para garantir o menor impacto ambiental possível. Além de rota turística, a trilha permite a circulação da fauna.
A criação da rota faz parte da Rede Nacional de Trilhas de Longo Curso e Conectividade (RedeTrilhas) do governo federal. O diretor do Departamento de Áreas Protegidas da Secretaria Nacional de Biodiversidade, Florestas e Direitos Animais do MMA, Pedro Cunha e Menezes, explicou que a interligação fortalece as ações de proteção dos animais. Ele destacou que a política cria corredores florestados entre as unidades de conservação, que são usados pela fauna para migração.
O projeto é resultado do trabalho conjunto entre comunidades tradicionais, voluntários, ministérios do Meio Ambiente e do Turismo, Embratur, Instituto Chico Mendes (ICMBio), Instituto de Desenvolvimento Florestal do Pará (Ideflor-Bio) e Conservação Internacional (CI).