Em pronunciamento divulgado nesta segunda-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o Brasil não fechará acordo com os Estados Unidos enquanto o secretário de Estado norte-americano Marco Rubio permanecer na mesa de negociações. Ressaltou ainda que o político estadunidense “não gosta do Brasil”, indicando desconfiança em relação ao interlocutor diplomático.
Segundo o líder brasileiro, “não haverá entendimento com esse modelo de interlocução”, em alusão à postura que atribui a Rubio. A fala ocorre no contexto de tensão comercial e política entre os dois países, marcada por tarifas elevadas e sanções a autoridades brasileiras. Com isso, Lula aumenta a pressão diplomática para que Washington altere a representação norte-americana nas tratativas.
O governo brasileiro havia sido convidado por Washington para retomar reuniões sobre tarifas e barreiras comerciais, conforme anúncio conjunto entre os ministérios de Relações Exteriores. A declaração de Lula eleva a retórica política ao nível diplomático e gera incerteza sobre o calendário dos encontros previamente agendados.
Fontes ouvidas pela reportagem destacam que o posicionamento de Bolsonaro (ex-presidente) e os desdobramentos recentes do julgamento no Supremo Tribunal Federal continuam a afetar as relações bilaterais, embora não tenha sido citada diretamente nesta fala. A exigência feita por Lula visa alterar a dinâmica de interlocução para avançar nas negociações sob termos administrativos vindos de Brasília.
A reação americana ainda não foi formalizada, e diplomatas brasileiros avaliam que a condição imposta pelo presidente pode retardar o processo de retomada dos diálogos com os EUA. O Itamaraty foi acionado para articular internamente como lidar com a exigência e evitar um impasse prolongado.
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