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INICIATIVA CONJUNTA TRABALHA PARA NORMALIZAR VICENTE PIRES

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As máquinas espalhadas por Vicente Pires evidenciam a ação do Governo do Distrito Federal para minimizar os efeitos da falta de infraestrutura na cidade. O Gabinete de Gestão de Crise, instalado na sexta-feira (3), não tem prazo para cessar as intervenções. São 20 órgãos, entre secretarias, autarquias e empresas públicas, unidos para levar normalidade à comunidade que sofre com a ação das chuvas. Enquanto isso, as obras definitivas estão em andamento, com previsão de conclusão em 2020.

Os resultados já são visíveis: em um fim de semana, foram mais de 35 ações e 15 pistas recuperadas. As ruas mais críticas agora têm circulação, o lixo acumulado por correntezas é recolhido, o mato é aparado e vazamentos são consertados. Enquanto for necessário, todos estarão a postos para resolver os problemas de forma emergencial. Nas ruas, a população reconhece o esforço do governo em minimizar os inconvenientes.

O Gabinete de Gestão de Crise instalado dentro da Administração Regional de Vicente Pires seguirá por tempo indeterminado, mas as ações emergenciais vinculadas não são definitivas. O gabinete é composto por 20 secretarias, autarquias e empresas públicas, que fazem parte de uma força-tarefa multidisciplinar para minimizar imediatamente os efeitos da falta de infraestrutura no local. Entre os serviços, há patrolamento de vias, limpeza de trechos, roçagem de grama, troca de lâmpadas queimadas e instalação de meios-fios.

Serviços mais estruturais, como a pavimentação asfáltica, dependem do cumprimento do projeto definitivo das obras de infraestrutura, que está em andamento. São 412 pessoas e 201 máquinas trabalhando em oito dos 11 lotes com projetos já aprovados e licitados. A previsão é que sejam concluídas em 2020 todas as intervenções de drenagem e pavimentação de ruas, construção de lagoas que captem águas de chuva da cidade e as direcionem aos córregos.

Ao todo, serão investidos R$ 460 milhões em obras que atenderão 2,2 mil hectares de área total, beneficiando 75 mil moradores. A pavimentação de ruas chegará a 253,4 quilômetros. Também serão construídos 468 quilômetros de meios-fios. “É preciso entender que não basta parar a chuva”, adverte o secretário de Obras. “Precisamos de um período de tempo seco para fazer a pavimentação asfáltica. Está tudo pronto para isso, as empresas estão a postos.”

Gabinete

A coordenação do trabalho do Gabinete de Gestão de Crise fica por conta de Marcelo Galimbert, subsecretário de Acompanhamento e Fiscalização de Obras (Suaf) da Secretaria de Obras e Infraestrutura. O titular da pasta, Izídio Santos, despachará diretamente da administração às segundas e quintas-feiras. Além deles, o grupo é composto pelas pastas de Cidades, Comunicação, Relações Institucionais Saúde, Meio Ambiente e o Conselho Permanente de Políticas Públicas e Gestão Governamental do DF (CPPGG/DF).

Também participam do comitê a Companhia da Nova Capital (Novacap), o Departamento de Estradas e Rodagem (DER), o Departamento de Trânsito (Detran), a Companhia Energética de Brasília (CEB) e a Companhia de Abastecimento e Saneamento Básico (Caesb). Ainda estão presentes o Serviço de Limpeza Urbana (SLU), a Polícia Militar (PMDF), a Defesa Civil, a Companhia Imobiliária de Brasília (Terracap), o Banco de Brasília (BRB), o DFTrans e o DF Legal. Detentos vinculados à Subsecretaria do Sistema Penitenciário também atuam nas melhorias.

O governador Ibaneis Rocha anunciou que destinará R$ 500 milhões a obras emergenciais para que a cidade volte à normalidade após as chuvas fortes. Segundo o Instituto Nacional de Metrologia (Inmet), em maio, o volume de chuvas em 36 horas ultrapassou os 43 milímetros de água, superando, em muito, a média histórica da capital, de 29,7 milímetros. São R$ 150 milhões só para Vicente Pires, cidade que mais sofre por ter sido construída sem infraestrutura de base.

Tempestades

A atenção a Vicente Pires não começou após a série de tempestades e nem parou com a chegada das precipitações. Em fevereiro, após um temporal, o governo interveio imediatamente para minimizar os problemas. Mais de 80 bocas de lobos foram limpas, bem como foram removidos entulhos, lixo e cascalho de lugares onde causavam alagamentos. O programa SOS DF também passou pela região. Entre 13 e 15 de março, foram executados serviços de serviços de tapa-buraco, pintura de meio-fio, limpeza e poda.

A Companhia Energética de Brasília (CEB) tem feito a remoção de postes que interferem na execução das vias e da pavimentação, enquanto a Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) rebaixa a rede e desloca as válvulas de redução de pressão e dos hidrantes. Ao mesmo tempo, o GDF manteve as obras de drenagem na cidade com escavações subterrâneas e a construção de 182 quilômetros de galerias pluviais e de lagoas para captação das águas.

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