Tirar obras da prateleira do esquecimento e atender demandas históricas têm sido compromissos do Governo do Distrito Federal (GDF). Na educação, esse panorama não é diferente. Em Ceilândia, por exemplo, o GDF investe R$ 11 milhões para reformar duas unidades de ensino: a Escola Classe 59 e o Centro de Ensino Médio 10. Na manhã desta segunda-feira (31), o governador Ibaneis Rocha aproveitou para visitar as obras de perto.
A visita teve início na Escola Classe 59 de Ceilândia (Setor N QNN 36). Em 2018, os estudantes desta unidade foram realocados para o Centro de Ensino Médio 04 devido às situações precárias. Para devolvê-la aos alunos na condição que eles merecem, o GDF iniciou a reforma em março e tem previsão de entregar a estrutura pronta em um ano.
Assim como a Escola Classe 59, o Centro de Ensino Médio 10 também demandava uma ampla reforma há anos, uma vez que a unidade foi interditada em 2016. Desde então, os estudantes do CEM 10 foram levados para o CEF 29. As obras estão programadas para ser concluídas em maio do próximo ano e a escola vai atender 840 alunos.
São quase R$ 30 milhões injetados em reformas e investimentos para as escolas da região administrativa
“Essas obras estavam paradas há muito tempo. Solucionamos as pendências nos processos e começamos a construção. Esperamos entregar as duas escolas no ano que vem porque elas são muito importantes para a população de Ceilândia”, disse o governador Ibaneis Rocha durante a visita.
Para o secretário de Educação, Leandro Cruz, as reformas representam o pagamento de uma dívida histórica com os moradores de Ceilândia. “Estamos aqui hoje pagando uma dívida histórica com toda a comunidade escolar de Ceilândia. O CEM 10 e a EC 59 tinham uma urgência imensa de suas reformas. O CEM 10 está fechado desde 2016. É muito tempo. Temos o compromisso de entregarmos essas duas escolas no próximo ano letivo. Vamos, assim, dando melhores condições de ensino a toda a população da cidade”, afirma o secretário de Educação, Leandro Cruz.
A Regional de Ensino de Ceilândia conta com 97 unidades escolares para receber 88 mil estudantes. Destas, 92 atendem o ensino regular
Todas as unidades escolares públicas de Ceilândia são contempladas com recursos do Programa de Descentralização Administrativa e Financeira (Pdaf) da Secretaria de Educação. Várias delas receberam ainda mais recursos do Pdaf via emendas parlamentares. Com Pdaf da secretaria, entre 2020 e 2021, foram repassados R$ 8,66 milhões.
Com emendas parlamentares, o investimento no biênio em questão foi de R$ 20,93 milhões. Se somadas, são quase R$ 30 milhões injetados em reformas e investimentos para as escolas da região administrativa.
A Regional de Ensino de Ceilândia conta com 97 unidades escolares para receber 88 mil estudantes. Destas, 92 atendem o ensino regular. As demais são: dois centros de ensino especial, um centro interescolar de línguas, uma escola parque e uma escola técnica. Conta ainda com sete instituições parceiras e oito CEPIs que, ao todo, atendem 2.900 crianças.
Investimentos e obras
A EC 59 foi fundada em 1989, para ser provisória. O tempo se arrastou e a escola deixou de receber os reparos necessários. Agora, ela vai receber um investimento de R$ 6 milhões e vai passar a contar com 14 salas de aula, auditório, sala de leitura, teatro de arena, cozinha industrial e refeitório, sala administrativa, laboratórios, bicicletário, guarita, estacionamento, parquinho, horta, quadra de esportes coberta, área verde e área comunitária.
As instalações vão beneficiar 126 estudantes da pré-escola e 328 estudantes dos anos iniciais do ensino fundamental. Tudo isso em um terreno de 6,1 mil metros quadrados.
O Centro de Ensino Médio 10 também demandava uma ampla reforma. Com investimento de R$ 5 milhões, as obras compreendem a instalação de portas de acesso à área externa; construção de escada e rampa de acesso à quadra poliesportiva; instalação de guarda-corpos, corrimãos, piso antiderrapante, sinalização e piso tátil; instalação de sanitários acessíveis; elevação do piso do pátio descoberto a ser nivelado com os demais pisos externos.
Os serviços também atingem a reforma geral das instalações elétricas, hidrossanitárias, de gás e contra incêndio, além de estacionamento interno, reposição do tratamento paisagístico; instalação de bicicletários; reforço estrutural da edificação; troca de telhados e forros; instalação de novas esquadrias; reparos nos pisos e demais revestimentos e pintura geral. Juntas, as duas obras nas escolas geram aproximadamente 140 empregos.