ATRAVÉS DE OFICIO A ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS DELEGADOS DE POLÍCIA FEDERAL, Nº 045/ 2019 JÁ SOLICITAVAM PROVIDÊNCIAS PARA AS INÚMERAS INSATISFAÇÕES QUEM SÃO DESCRITAS EM 5 LAUDAS E 18 PONTOS.
Em entrevista de entrega do cargo de ministro o ex-juiz Sérgio Moro acusou veementemente de interferência e pressão política nos trabalhos da Polícia Federal por parte do presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido).
Com o ônus da prova o agora ex-ministro terá que responder às inúmeras insatisfações e reclamações dos delegados federais descrita em ofício datado de 19 de outubro de 2019.
“Assuntos fundamentais estão paralisados” diz o documento já no primeiro item que descreve a paralisação das ações do diretor Mauricio Valeixo. E ainda reclamam de isonomia com PRF em caso específico de remuneração ao trabalho extra decorrente.
Noutro paragrafo de reclamação os delegados se indignam com valor da diária de trabalho fixada em R$ 224,20.
Elogio ao presidente
Na oficio que requer providências o item 10 reconhece ser necessária a decisão do Presidente da República: “Absolutamente acertada” diz o documento sobre a destinação de 150 novas chefias, ou seja, promoções reconhecendo a importância dos servidores.
Já no item 11 o documento reclama da falta de iniciativa para implantar as mudanças necessárias de restruturação da carreira dentre outras que trata da valorização dos delegados.
Mas é no item 12 que parece ser o cerne da cobrança do Presidente da República onde o documento diz:
“O Ministério da Justiça vem, sistematicamente, ignorando o ordenamento jurídico, e permitindo a exclusão da PF da coordenação de sua função precípua que é investigar, como está ocorrendo no caso das equipes conjuntas de investigação, em que se permitiu que o MPF assinasse acordo direto com ente estrangeiro, sem qualquer participação da PF, órgão cuja atribuição constitucional é inafastável nessa área.”
Conclui-se da carta que os delegados representados por sua Associação não estavam satisfeitos com a gestão do diretor à época.
