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BOEING DESISTE DE JOINT-VENTURE COM EMBRAER QUE DIZ “TOMAR PROVIDÊNCIAS”

Foto: Divulgação/reprodução
Foto: Divulgação/reprodução
FOTO: EMBRAER- DIVULGAÇÃO -DF MOBILIDADE

O contrato, entre as empresas, vigente relativo à comercialização e manutenção conjunta da aeronave militar C-390 Millenium permanece.

A Boeing anunciou neste sábado (25) que rescindiu o Contrato de Transações Mestre (Master Transaction Agreement-MTA) com a Embraer, pelo qual as empresas buscavam “estabelecer um novo patamar de parceria estratégica”. A decisão veio “após a Embraer não ter atendido as condições necessárias”, de acordo com comunicado.
As partes planejavam criar uma joint venture composta pelo negócio de aviação comercial da Embraer e uma segunda joint venture para desenvolver novos mercados para a aeronave de transporte aéreo médio e mobilidade C-390 Millenium.
Com a crise do 737 Max e os efeitos da pandemia de coronavírus, a Boeing enfrenta sérios problemas financeiros e houve rumores de uma possível falência. Já a Embraer registrou prejuízo líquido de R$ 1,3 bilhão em 2019 e está com produção paralisada em meio à crise – com tudo isso, ficou desvalorizada frente ao preço que a Boeing pretendia pagar.


O dia 24 de abril de 2020, última sexta-feira, era a data limite inicial para rescisão, passível de extensão por qualquer uma das partes caso algumas condições fossem cumpridas. A Boeing exerceu seu direito na data.


“A Boeing trabalhou diligentemente nos últimos dois anos para concluir a transação com a Embraer. Há vários meses temos mantido negociações produtivas a respeito de condições do contrato que não foram atendidas, mas em última instância, essas negociações não foram bem-sucedidas. O objetivo de todos nós era resolver as pendências até a data de rescisão inicial, o que não aconteceu”, disse Marc Allen, presidente da Boeing para a parceria com a Embraer e operações do Grupo, em nota. “É uma decepção profunda. Entretanto, chegamos a um ponto em que continuar negociando dentro do escopo do acordo não irá solucionar as questões pendentes”.
A parceria proposta entre a Boeing e a Embraer havia recebido aprovação incondicional de todas as autoridades regulatórias, exceto a Comissão Europeia.
A Boeing e a Embraer irão manter o contrato vigente relativo à comercialização e manutenção conjunta da aeronave militar C-390 Millenium assinado em 2012 e ampliado em 2016.

Em nota divulgada neste sábado, a Embraer rebateu a versão dada mais cedo pela Boeing sobre a rescisão do Acordo Global de Operação (MTA) que previa a fusão das duas empresas.

Como registramos, a Boeing disse ter optado por rescindir o contrato porque a Embraer não “satisfez as condições necessárias” para prosseguimento do acordo.

Segundo a Embraer, a empresa americana rescindiu indevidamente o contrato e “fabricou falsas alegações” para não honrar com os US$ 4,2 bilhões acordados na compra.

“A Embraer acredita que está em total conformidade com suas exigências de uso no MTA e que cumpre todas as condições necessárias até 24 de abril de 2020.”

A Embraer informou ainda que vai tomar as medidas cabíveis contra a Boeing pelo cancelamento.


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