O presidente Lula (PT) disse ao menos oito inverdades sobre sua primeira passagem pelo Palácio do Planalto após receber a faixa presidencial, neste domingo (1º).
Lula disse que “o Brasil se tornou a sexta maior economia do mundo”. Essa alegação, na verdade, tem como fonte uma projeção feita pela consultoria britânica CEBR (Centro de Pesquisa Econômica e de Negócios).
No ranking internacional do FMI, o ápice foi a sétima posição, atrás do Reino Unido.
O presidente também afirmou falsamente que “nós mais que dobramos o número de estudantes no ensino superior”. Dados do Inep mostram que o número de matrículas no ensino superior foi de cerca de 3,5 milhões para cerca de 6,8 milhões, menos que o dobro.
Lula também infla dados ao afirmar que “geramos mais de 20 milhões de empregos com carteira assinada”. Dados da Relação Anual de Informações Sociais, do Ministério do Trabalho, mostram que o Brasil gerou apenas 15,4 milhões de empregos.
Por fim, o presidente desinforma ao afirmar que “reduzimos a dívida interna a quase metade do que era anteriormente”. Na verdade, segundo o Ipea, a dívida interna cresceu, de R$ 892 bilhões para aproximadamente R$ 1,475 trilhão.
Lula também fez quatro declarações enganosas. Ele disse que “36 milhões de brasileiras e brasileiros saíram da extrema pobreza”. Dados do IBGE mostram que, entre 2002 e 2011, a extrema pobreza teve queda de pouco menos de 29 milhões de pessoas.
Ele alegou que “reduzimos o desmatamento da Amazônia em mais de 80%”. Esse índice, do Inpe, se refere ao período entre o segundo semestre de 2003, depois de sua posse, e o primeiro semestre de 2012, bem após o fim do governo.
O presidente ainda engana ao afirmar que “acumulamos reservas de cerca de 370 bilhões de dólares”. O valor correto, segundo o Banco Central, é 288,575 bilhões de dólares. Mesmo considerando-se o final do governo Dilma, o valor chega a 356,464 bilhões de dólares.
Ainda no discurso, Lula retomou uma peça de desinformação que espalha de longa data, segundo a qual “eliminamos a dívida externa”.
O primeiro governo do petista quitou a dívida do Brasil com o FMI em 2005, mas o fez a partir de emissão de títulos de dívida interna e externa a juros superiores ao que o fundo internacional cobrava.
Com informações de O Antagonista