Menos discurso e mais trabalho. Foi isso que decretou o governador Ibaneis Rocha aos seus secretários de Estado que compõe a equipe de governo do Distrito Federal durante a primeira reunião oficial ocorrida na tarde desta terça-feira (01/01), logo após a solenidade de posse. As sete horas e 30 minutos de hoje, o governador já estava no Buriti para cuidar da vida dos mais de três milhões de brasilienses pelos próximos quatro anos.
A tarde fará reunião na residência Oficial de Águas Claras para afinar a viola da máquina administrativa com seus auxiliares.
Protegido por um séquito de santos que fez questão de transportar para o palácio do Buriti, entre os quais a imagem de Santo Expedito das causas justas e urgentes, o governador Ibaneis Rocha vai colocar em prática o programa “SOS Distrito Federal”, que visa atacar a montanha de problemas que vivem as regiões administrativas do DF.
Além disso o governador adotou como prioridade zero o estado de calamidade que passa a saúde pública.
Ele pediu ao secretário da pasta Osnei Okumoto que deflagre com urgência mutirões para atender quem está na longa fila de espera por exames e cirurgias.
No pacote de restruturação da Secretaria de Saúde que inclui a contratação de mais profissionais e informatização do setor, tem ainda a mudança no atual modelo do Instituto Hospital de Base (IHBDF).
O governador quer indicar os administradores regionais ainda esta semana, para colocar em prática o projeto batizado de SOS Distrito Federal.
Até ontem, o governador já havia nomeado 54 nomes para compor o alto escalão do governo. Entre eles são 30 secretários, 20 presidentes de autarquias e quatro comandantes das forças de segurança.
Até o final desta semana os nomes de todos os administradores regionais serão anunciados pelo governador.
De acordo com a promessa de Ibaneis Rocha, os administradores permanecerão nos cargos por 90 dias, prazo estabelecido por ele para que o governo realize o processo de escolha popular para administradores regionais.
O decretão publicado no primeiro dia do ano o novo governo meteu a tesoura em 16 mil cargos comissionados.
A maioria das 31 Administrações Regionais que abrigam grande parte dos cargos de livre provimento amanheceu as moscas nesta quarta-feira.
O apagão administrativo foi geral e pode provocar o drástico efeito da descontinuidade como ocorreu no início do governo de Agnelo Queiroz.
Para recuperar o pleno andamento da máquina administrativa o governo petista precisou de quase 1 ano.
Para recomposição do quadro funcional, as nomeações irão acontecendo gradativamente, segundo o secretário da Fazenda André Clemente.
A decisão do governador Ibaneis é a de identificar as necessidades de cada setor e nomear apenas 30% para os cargos de livre provimento.