*Luciano Lima
Quero pedir licença a todos os leitores para abrir este pequeno texto e definir duas palavras que citei logo do título: ESQUERDOPATIA e ABSTINÊNCIA
ABSTINÊNCIA significa ação de se abster ou de se privar de alguma coisa, no caso da leitura em questão, de dinheiro público, emendas parlamentares e de “carguinhos” para os militantes apadrinhados.
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ESQUERDOPATIA é uma sociopatia que acomete grupos ou movimentos sociais e políticos ligados a partidos políticos de esquerda. Geralmente ignoram a realidade e são especialistas na tentativa de transformar mentiras em verdades. Nem sempre conseguem. Sofrem também de Amnésia Sistêmica Proposital, uma nova patologia exclusiva de quem tem esquerdopatia.
Vamos ao que interessa. O Mensalão, o Petrolão, o impeachment da presidente Dilma Rousseff, a prisão do ex-presidente Lula e o pífio desempenho dos partidos de esquerda, especialmente do Partido dos Trabalhadores (PT) nas eleições de 2016 e 2020, foram traumáticos para aqueles que sonhavam transformar a bandeira verde e amarelo em um vermelho cor de sangue.
Muitos analistas políticos apostavam inclusive que a esquerda seria varrida do mapa nas eleições de 2022. Mas aí, por mais triste que seja (e está sendo!), veio a Pandemia do COVID-19 e trouxe para a turma do “quanto pior, melhor” uma esperança de sair da UTI. E essa “esperança” não veio sozinha. O roteiro do “Ainda Vamos Dominar o Brasil”, digno de filmes de gangsters, veio acompanhado de parceiros poderosos dos setores do poder judiciário e da imprensa.
Do outro lado do front, o presidente Jair Messias Bolsonaro. De parlamentar inexpressivo do baixo clero da Câmara dos Deputados a representante da vontade da maioria do povo brasileiro, cansado dos desastrosos e corruptos governos petistas. É inegável que parte do voto conquistado por Bolsonaro foi de protesto.
Não é segredo para ninguém que Bolsonaro tem um temperamento explosivo e sinceramente acredito que boa parte dessa crise, forjada e espetacularizada sobre a sombra e as lentes da pandemia do COVID-19, foi alimentada por falas inapropriadas, o não respeito aos ritos do cargo de presidente e a vontade de provocar os adversários de esquerda.
Mas uma coisa não podemos negar: Bolsonaro comete erros estratégicos políticos e de comunicação, mas mexeu gravemente com o “sistema”. Negar tal fato é acreditar que Lula é honesto. O escritor e dramaturgo irlandês George Bernard Shaw disse: “Precisamos de algumas pessoas malucas; vejam só onde as pessoas normais nos levaram”.
Daí em diante, todos nós sabemos o que aconteceu. Narrativas do tipo “GENOCIDA”, “GABINETE DO ÓDIO” e “MILICIANO” foram temperadas com muita crueldade e perversidade. O “sistema”, acostumado com a “Casa da Mãe Joana”, quer tirar Bolsonaro do poder a qualquer custo.
Então, eis que surge das sombras e das cinzas um ser que tem fome de poder e crise de abstinência por causa de dinheiro fácil: Luiz Inácio Lula da Silva, citado por Barack Obama, em um livro lançado em 2020, como um político com “escrúpulos de um chefão mafioso”.
Lula viu na trágica pandemia do COVID-19 uma oportunidade de voltar à cena sambando nas narrativas com tons de campanha política e nos milhares de cadáveres da doença. Só o ensejo de seu nome para correr ao cargo de PRESIDENTE DO BRASIL por si só é um tapa na cara de qualquer brasileiro de bem que acorda cedo todos os dias para trabalhar.
Lula é o símbolo do esquerdopata com crise de abstinência e memória curta. Sente falta do poder, acredita nas próprias mentiras, propaga ódio e acha que o povo brasileiro é burro. O PT esqueceu que plantou o ódio na estrutura do Estado durante os trágicos anos em que esteve no poder e foi um patrocinador contumaz do “NÓS CONTRA ELES”.
O PT, Lula, Zé Dirceu (o grande e supremo “arquiteto”), e os tradicionais “puxadinhos” PSOL e PCdoB, passaram anos, e ainda continuam, pregando a divisão do Brasil e do povo brasileiro. Plantaram o “ódio como ética”, com fins eleitorais e ideológicos.
De uma coisa eu não tenho dúvida: é fato que o presidente Bolsonaro não terá vida fácil. No entanto, a ressaca dos 13 anos de governos petistas não passou e deve chegar a 2022 com o sentimento de que “aconteceu ontem”. A história pode ser ignorada e até omitida, mas nunca pode ser rasgada ou apagada.
*Luciano Lima é historiador, jornalista e radialista