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Trump defende hegemonia do dólar e ameaça BRICS com tarifas de 100%

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Em uma declaração publicada em sua rede social, o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reiterou a centralidade do dólar como moeda de referência no comércio global e alertou os países membros do BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) sobre as potenciais consequências econômicas de uma tentativa de criar uma nova moeda comum.

Segundo Trump, a criação de uma moeda do BRICS para competir com o dólar, ou mesmo o suporte a outra divisa internacional, será considerada uma ameaça direta à economia dos EUA. Ele mencionou que qualquer país que seguir por esse caminho enfrentará tarifas de 100% sobre suas exportações destinadas ao mercado norte-americano, além de possíveis retaliações comerciais.

 

O que está em jogo?

A fala de Trump reflete preocupações com a crescente influência dos BRICS e com os esforços para reduzir a dependência do dólar em transações internacionais. Atualmente, cerca de 88% das transações globais envolvem o dólar como moeda de referência, garantindo aos EUA um grande poder econômico e político. A criação de uma moeda alternativa pode, a longo prazo, enfraquecer a hegemonia do dólar e reduzir a capacidade dos Estados Unidos de impor sanções financeiras, um dos principais instrumentos da sua política externa.

Tarifas como arma econômica

A ameaça de tarifas de 100% evidencia o uso de barreiras comerciais como estratégia de contenção econômica. Tarifas dessa magnitude podem inviabilizar exportações dos países do BRICS para os EUA, afetando principalmente setores dependentes desse mercado, como o agronegócio brasileiro, a tecnologia chinesa e os insumos industriais indianos.

Do ponto de vista econômico, a imposição de tarifas dessa magnitude pode resultar em:

Aumento do custo de importação nos EUA, o que pode pressionar a inflação interna.

Redirecionamento das cadeias de valor globais, com os países do BRICS buscando outros mercados.

Possível escalada de tensões econômicas e políticas, com os BRICS fortalecendo suas alianças.

 

Viabilidade de uma moeda do BRICS

Embora a proposta de uma moeda única do BRICS tenha ganhado atenção, especialistas apontam desafios estruturais para sua implementação. A divergência econômica e política entre os países do bloco, somada à ausência de uma estrutura financeira integrada, dificulta a criação de uma moeda sólida que possa rivalizar com o dólar. Entretanto, a ideia de acordos comerciais em moedas locais, já em prática em algumas situações, pode ser uma alternativa viável no curto prazo.

Consequências globais

O tom da postagem de Trump revela uma preocupação estratégica dos EUA em manter sua posição como principal potência econômica global. Por outro lado, o movimento dos BRICS reflete um crescente descontentamento com o sistema financeiro global liderado pelo Ocidente e controlado, em grande parte, pelos EUA.

O desfecho dessa disputa pode moldar a nova ordem econômica global, com impactos significativos tanto para o comércio internacional quanto para as relações diplomáticas entre países. Enquanto isso, Trump reafirma sua postura protecionista e busca consolidar apoio interno ao promover a defesa do “poderio econômico americano”.

 

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