Depois de anunciar tarifas de 25% sobre importações do Canadá e do México, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou no último domingo, 2, que a aplicação de tarifas à União Europeia vai acontecer “definitivamente”.
“Eles não levam os nossos carros, não levam os nossos produtos agrícolas; eles não levam quase nada, e nós pegamos tudo”, justificou Trump em sua decisão de impor tarifas à UE. As taxas vão entrar em vigor nesta terça-feira, 4.
Diálogo de Trump com líderes do Canadá e do México
Trump planeja realizar telefonemas separados nesta segunda-feira, 3, com o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, e com a presidente do México, Claudia Sheinbaum, para discutir as tarifas que anunciou recentemente.
Posição da União Europeia
A União Europeia afirmou que “responderá com firmeza” caso também seja taxada pelos Estados Unidos. A Comissão Europeia enfatizou que as tarifas baixas promovem o crescimento e a estabilidade econômica.
O bloco europeu declarou que as relações comerciais e de investimento com os EUA são as mais importantes e globais e devem ser fortalecidas. Um porta-voz disse à EuroNews que “as tarifas criam perturbações econômicas desnecessárias e promovem a inflação, sendo prejudiciais para todas as partes”.
Marc Ferracci, ministro da Indústria da França, destacou a necessidade de uma resposta ao que chamou de “ameaças” de Trump. Ele afirmou que é crucial que a UE esteja preparada para reagir.
Reações de Canadá, México e China
O Canadá e o México prometeram retaliar se Trump cumprir suas ameaças. Claudia Sheinbaum detalhará seus planos nesta segunda-feira, 3, enquanto Trudeau anunciou tarifas retaliatórias de 25% sobre US$ 106 bilhões em produtos dos EUA.
A China, que também deve ser atingida por uma taxa de 10%, prometeu “contramedidas correspondentes”, mas ainda não especificou quais serão essas ações. Trump afirmou que pode aumentar ainda mais as tarifas em caso de retaliação.