Trump anuncia resgate de seis reféns americanos na Venezuela
Washington, D.C. – O presidente dos Estados Unidos, Donald J. Trump, anunciou nesta sexta-feira(31 de janeiro), por meio de sua conta na rede social X (antigo Twitter), que seis reféns americanos detidos na Venezuela foram libertados e estão a caminho dos EUA.
“Acabei de ser informado que estamos trazendo seis reféns da Venezuela para casa. Obrigado a Ric Grenell e a toda a minha equipe. Ótimo trabalho!”, escreveu Trump em sua publicação, destacando o papel de Richard Grenell, ex-diretor de Inteligência Nacional e aliado próximo do republicano, na negociação.
A libertação ocorre em um momento de crescente tensão nas relações entre Washington e Caracas. Durante sua gestão (2017-2021), Trump adotou uma política de sanções severas contra o regime de Nicolás Maduro, pressionando pela saída do líder chavista. No entanto, não está claro se esta ação específica teve envolvimento direto da atual administração do presidente Joe Biden.
Os nomes dos reféns resgatados ainda não foram divulgados oficialmente, nem os detalhes das negociações que levaram à libertação. Analistas avaliam que o anúncio pode ter impacto significativo na pré-campanha de Trump à presidência em 2024, reforçando sua imagem como líder forte em questões de segurança e diplomacia.
A embaixada dos Estados Unidos na Venezuela, que opera a partir da Colômbia desde 2019, ainda não se pronunciou sobre o caso. O governo venezuelano também não comentou oficialmente a liberação dos detidos.
A notícia surge em meio a um cenário conturbado na Venezuela, que enfrenta grave crise econômica e política. A relação entre os dois países segue instável, com os EUA mantendo sanções contra setores-chave da economia venezuelana e questionando a legitimidade do governo Maduro.
Quem é Ric Grenell e seu envolvimento na Venezuela?
Ric Grenell é um aliado de longa data de Trump e atuou como diretor interino da Inteligência Nacional dos EUA em 2020, sendo o primeiro homem abertamente gay a ocupar um cargo de alto escalão no governo republicano. Antes disso, serviu como embaixador na Alemanha, onde se destacou por sua postura linha-dura em relação a governos autoritários e na articulação de negociações diplomáticas de bastidores.
Embora Grenell não ocupe um cargo oficial na atual administração, ele continuou atuando nos bastidores da política externa republicana. Em 2020, esteve diretamente envolvido na libertação de reféns americanos no mundo, incluindo no Kosovo e no Oriente Médio.
Na Venezuela, Grenell participou ativamente das negociações diplomáticas durante a gestão Trump, quando os Estados Unidos impuseram sanções severas ao regime de Nicolás Maduro e reconheceram Juan Guaidó como presidente interino. Nos últimos anos, especulou-se que ele continuou mantendo contatos informais para intermediar libertações de cidadãos americanos presos pelo regime chavista.
Nos próximos dias, espera-se que mais informações sejam divulgadas sobre os reféns libertados e as condições que levaram à sua soltura.
