Em comunicado publicado nesta segunda-feira (23), o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou um cessar-fogo completo de 12 horas entre Israel e Irã, marcado para ter início aproximadamente seis horas após o anúncio, encerrando o conflito que ficou conhecido como “Guerra de 12 Dias” .
O ciclo de violências começou com ataques coordenados por Israel a instalações nucleares iranianas em Fordow, Isfahan e Natanz, ação que, segundo Trump, “obliterou” os sítios estratégicos do país árabe . Em retaliação, o Irã lançou mísseis contra a base aérea Al Udeid, no Qatar, que abriga tropas norte-americanas; 13 dos 14 projéteis foram interceptados e não houve registro de vítimas .
Logo após a troca de ataques, Trump defendeu o fim imediato das hostilidades. Em declaração à imprensa, afirmou que “todas as partes envolvidas demonstraram coragem e inteligência para encerrar o que poderia ter se estendido por anos” . A proposta prevê que, findo o período de 12 horas de silêncio, as partes retomem negociações diplomáticas visando a um acordo de paz duradouro.
Analistas, porém, alertam para a falta de um respaldo formal de organismos internacionais — como a Organização das Nações Unidas — e para a ausência de uma confirmação oficial de Teerã sobre a adesão plena ao cessar-fogo. A iniciativa de Trump ocorre num cenário em que potências regionais e globais intensificam apelos por desescalada e retorno ao diálogo .
contexto e desdobramentos
- Impacto geopolítico: o choque reduziu temporariamente o tráfego no Estreito de Ormuz, por onde passam cerca de 20% dos embarques mundiais de petróleo e gás. A confirmação do cessar-fogo deve aliviar incertezas nos mercados energéticos.
- Desafios diplomáticos: históricos pontos de atrito — programa nuclear iraniano, segurança de Israel e interesses de potências como Rússia e China — podem minar o acordo.
- Próximos passos: em Genebra, está prevista reunião de chanceleres do G7 para avaliar mecanismos de monitoramento e possíveis emissários de paz.
Hamilton Silva
Jornalista, economista e editor-chefe do portal DFMOBILIDADE.com.br, com mais de 13 anos de experiência em cobertura política e mobilidade urbana.
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Assinado: Hamilton Silva
