O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou em postagem na rede social Truth Social que sua administração sabe exatamente onde o aiatolá Ali Khamenei, líder supremo do Irã, está “escondido” e que, embora seja “um alvo fácil”, não há planos de eliminá-lo “pelo menos por enquanto” .
Na mensagem, Trump acrescentou:
“Mas não queremos mísseis disparados contra civis ou soldados americanos. Nossa paciência está se esgotando. Agradecemos a sua atenção a este assunto!” .
O pronunciamento ocorre em meio a uma escalada de ataques mútuos entre Israel e o Irã, que já entra em seu quinto dia, com centenas de mísseis lançados por ambos os lados e ao menos 224 mortos no Irã e 24 em solo israelense, a maioria civis . O aviso de Trump sinaliza pressão sobre Teerã, mas evita o uso imediato de força letal contra o chefe máximo do regime.
A tensão remonta, em parte, ao assassinato do general Qasem Soleimani por um drone americano em 3 de janeiro de 2020, ordenado pela então administração Trump, que atingiu o comando da Força Quds do IRGC e representou um marco na política de “máxima pressão” contra o Irã . Na ocasião, o governo iraniano jurou vingança caso Trump não fosse levado a julgamento internacional, fato que aprofundou o ciclo de retaliações na região.
Até o momento, o governo de Teerã mantém postura de endurecimento. Em reuniões conduzidas por intermediários em Omã, Catar e Arábia Saudita, autoridades iranianas rejeitaram negociações de cessar-fogo enquanto o país sofre ataques israelenses, afirmando ocupar-se prioritariamente da “resistência” contra o agressor . Paralelamente, a União Europeia pressionou por retomada das negociações nucleares, sem sucesso até agora .
A retórica de Trump mescla ameaça tácita e recuo momentâneo, reforçando incertezas sobre o desfecho do conflito e seus impactos para a estabilidade regional e o mercado de petróleo. A comunidade internacional segue atenta, temendo uma escalada que possa envolver diretamente as forças americanas e ampliar o confronto.
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