O porta-aviões USS Gerald R. Ford, maior da Marinha dos Estados Unidos, entrou oficialmente nesta terça-feira (11) na área de responsabilidade do Comando Sul dos EUA (SOUTHCOM), que abrange a América Latina e o Caribe. Conforme comunicado das Forças Navais americanas, a movimentação foi autorizada após ordem do secretário de Guerra, Pete Hegseth.
Segundo o porta-voz do Pentágono, Sean Parnell, “a presença reforçada das forças dos EUA no AOR do SOUTHCOM vai aumentar a capacidade de detectar, monitorar e interromper atores e atividades ilícitas que comprometem a segurança e a prosperidade do território norte-americano e da região hemisférica”.
O envio ocorre em meio ao recrudescimento de tensões entre Washington e o governo de Nicolás Maduro, acusado pelos EUA de envolvimento com redes de narcotráfico — acusações que Caracas nega.
O que há por trás da movimentação
- O USS Gerald R. Ford e seu grupo de ataque cruzaram o Estreito de Gibraltar no início de novembro e se dirigiam ao Atlântico-Caribe rumo à área do SOUTHCOM.
- O objetivo declarado dos EUA é reforçar operações de interdição ao narcotráfico e “desmantelar organizações criminosas transnacionais”.
- Analistas observam que o porte e a potência desse aparato naval — que normalmente ultrapassa os padrões de missões simples de combate ao tráfico — sugerem possíveis desdobramentos geopolíticos além da pauta antinarcóticos.
Implicações para a América Latina e para o Brasil
Para o Brasil, como país vizinho da Venezuela e integrante do contexto regional, a manobra dos EUA representa:
- Um aumento da visibilidade militar dos EUA no Hemisfério Ocidental, o que pode gerar tensão diplomática entre Washington e governos latino-americanos.
- A possibilidade de atuação mais agressiva contra redes de narcotráfico marítimo caribenho, que historicamente têm interações com a América do Sul.
- O risco de escalada das tensões entre EUA e Venezuela — com possíveis reflexos em fluxos de refugiados, instabilidade de fronteira ou confrontos indiretos.
Por que é relevante
A entrada do USS Gerald R. Ford na zona de responsabilidade do SOUTHCOM marca uma das maiores demonstrações recentes de poder naval norte-americano nas proximidades da América Latina, e ocorre justamente em um momento em que o combate ao narcotráfico é combinado nas declarações oficiais com a narrativa de “narcoterrorismo”. Esse tipo de discurso amplia o escopo da ação militar — o que exige atenção por parte dos estados da região.
Se desejar, posso apurar os documentos oficiais completos da Marinha dos EUA, mapa das rotas de patrulha previstas, e a reação oficial do governo venezuelano — quer que eu siga por esse caminho?




