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Sem apoio político, primeiro-ministro da Itália renuncia

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Nos últimos meses, Giuseppe Conte notabilizou-se por promover séries de lockdowns

A semana começa com agitação na política italiana. Primeiro-ministro da Itália desde junho de 2018, Giuseppe Conte apresentou o seu pedido de renúncia na manhã desta terça-feira, 26. A decisão ocorre em meio à perda de apoio político por parte do chanceler.

Conte chegou a 2021 tendo de encarar problemas em sua base. Então aliado do primeiro-ministro, o Partido Itália Viva rompeu com o governo há duas semanas. Diante da situação, o premiê consultou o Parlamento italiano. Obteve o chamado voto de confiança de mais da metade dos deputados (321 dos 630), mas não alcançou maioria absoluta no Senado (com 154 votos dos 320 possíveis).

De acordo com a agência de notícias Ansa, o pedido de renúncia não representa a intenção de Conte em deixar o poder. Segundo informações, o objetivo dele é ter o aval do presidente da Itália, Sergio Matarella, para seguir como primeiro-ministro e, assim, formar um novo governo de coalizão. Tarefa que deverá contar com partidos de centro, direita e esquerda para ter sucesso. Caso contrário, novas eleições poderão ser convocadas.

Essa não é a primeira crise enfrentada por Conte como primeiro-ministro da Itália. Alçado ao cargo pelo M5S, ele, que é advogado e não tinha experiência como congressista, viu um dos partidos de sua base, a Liga Norte, mudar de lado. Dessa forma, precisou realizar acordos com legendas menores.

Promotor de lockdowns

Giuseppe Conte ganhou destaque nos últimos meses por apostar em medidas de confinamento e isolamento social como tentativas de combate à disseminação do coronavírus. Em dezembro de 2020, por exemplo, ele determinou a implementação de uma espécie de lockdown natalino, conforme noticiou Oeste. O político também vinha encarando a pressão popular, com comerciantes indo às ruas em protesto contra decisões do governo.

Onda de renúncias

chanceler italiano não é o primeiro líder europeu a renunciar neste início de ano. Antes dele, os primeiros-ministros da Holanda (Mark Rutte) e da Estônia (Jüri Ratas) já haviam entregado seus cargos. Em ambos os casos, as decisões ocorreram em meio a denúncias de corrupção.(Ro)

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