Plataforma que deixou o Brasil após ordem de Moraes para suspender perfis de usuário vai colaborar em investigação sobre censura digital no Brasil
O perfil oficial no X da plataforma de vídeos Rumble publicou hoje cumprirá uma intimação da Câmara dos Deputados dos EUA para fornecer informações sobre as ordens de censura pelo Supremo Tribunal Federal.
A plataforma informou que o “recebeu uma intimação do Comitê Judiciário da Câmara dos Representantes dos EUA como parte de uma investigação sobre os esforços para censurar o discurso online”, e que cumnprirão a intimação, “que solicita informações sobre ordens do Supremo Tribunal Federal”.
A intimação faz parte da investigação do Comitê Judiciário do Câmara dos Deputados dos EUA sobre a eventual participação de empresas americanas na violação de leis extrangeiras, como no caso do Twitter, que Elon Musk alega ter sido coagido pelo STF a violar leis brasileiras para censurar perfis e bloquear usuários.
Em dezembro de 2023, o CEO do Rumble anunciou saída do Brasil, após mais uma decisão judicial de retirada de conteúdo.
Embora tenha recorrido da decisão, o CEO da Rumble, Chris Pavlovski, informou que usuários brasileiros não conseguiriam mais acessar os vídeos. “Não serei intimidado pelas exigências de governos estrangeiros para censurar os criadores do Rumble”, publicou na conta do X.
E continuou: “A Rumble é a única empresa em nossa escala que defende a liberdade de expressão e os valores americanos. É meu desejo que um dia a big tech se junte a nós nessa luta e responda como nós do. Esse é o dia em que todos ganham. Continuarei a dar o exemplo até esse dia chegar”.
Embora não tenha citado diretamente o Supremo Tribunal Federal (STF) em sua declaração, é evidente que a Corte tem sua grande parcela de culpa da decisão. Isso porque o ministro Alexandre de Moraes já havia determinado a suspensão da conta do influenciador Monark, além do impedimente de que ele criasse novos perfis.
