O papa Francisco voltou a abordar a relação da comunidade LGBTQIA+ com a fé católica. Em coletiva de imprensa no Vaticano após retornar da Jornada Mundial da Juventude, o líder cristão disse que as igrejas devem receber a todos sem distinção, mas destacou que as pessoas que frequentam esses espaços devem compreender que há “legislações que regulam a vida dentro da Igreja”.
“Não gosto de dizer que venham todos, “mas você isto, você aquilo…”. Todos. Depois, cada um, na oração, no diálogo interior, no diálogo com os agentes pastorais, procure a forma de seguir em frente. Por que é que os homossexuais não? Todos. A Igreja está aberta a todos, mas existem leis que regulam a vida dentro da Igreja. De acordo com a legislação, eles não podem participar de sacramentos, isso não significa que está fechado. Cada pessoa encontra Deus à sua maneira dentro da Igreja” disse o papa aos jornalistas.
Na ocasião, o pontífice ainda defendeu que os líderes católicos acompanhem a todos os fiéis com a paciência de uma “mãe”, não como uma “alfândega”.
“O Senhor é claro: sãos e doentes, jovens e velhos, feios e bonitos, bons e maus, mesmo quem tem uma moral feia e uma boa moral. Todos têm lugar na Igreja” salientou.
O papa vem abordando esse tema com frequência recentemente. Na última sexta-feira, ele disse que mulheres transexuais são “filhas de Deus” e relembrou um de seus encontros com elas. No último dia 25, ele afirmou que “Deus nos ama como somos”, depois que Giona, uma jovem italiana, expressou estar “dividida pela dicotomia entre a fé [católica] e a identidade transgênero”.
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