Oposição comemora indicação de Rubio para negociar com Lula

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A oposição ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comemorou nesta segunda (6) a indicação do secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, para negociar as sanções aplicadas ao Brasil pelo presidente Donald Trump. O político foi indicado durante uma ligação entre os dois presidentes mais cedo, mantida em sigilo e divulgada somente após ter sido realizada.

Esta foi a primeira conversa de Lula e Trump desde que o norte-americano tomou posse do cargo, no começo deste ano. Apesar do governo brasileiro ver a ligação com um tom “positivo”, a oposição enxerga o contrário, já que Rubio é um seguidor das premissas de Trump e fortemente contra a atuação de governos autoritários na América Latina.“A notícia é simples: a química azedou. […] Rubio seguirá a carta do Trump: Normalidade democrática, acabar com censura e perseguição política, eleições livres e deixem Bolsonaro em paz”, afirmou o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ).

A opinião de Ramagem é compartilhada pelo deputado estadual Bruno Engler (PL-MG), que viu na afirmação de “química perfeita” apenas uma “farsa com quem patrocina terror e vive de aliados podres”. Para ele, a política externa brasileira “virou um atraso, lenta, sem rumo e refém de alianças morais”.“A mera ligação entre chefes de estado que pensam e atuam de maneira absolutamente contrastantes não quer dizer absolutamente nada. Passados 10 meses para esse contato de hoje [desde a posse de Trump], somente evidencia o quanto a política externa atual é retrógrada, lenta e sem nenhuma tecnicidade. A tal ‘Química Perfeita’ sequer terá alicerces para deixá-la em pé com partícipes que promovem o terrorismo e seus aliados históricos”, disparou o ex-ministro Fabio Wajngarten, do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

A ligação em sigilo de Lula e Trump também virou munição para a oposição, que viu no ato um sinal de fraqueza. Para o deputado Carlos Jordy (PL-RJ), Lula “arregou e não teve coragem de enfrentar Trump presencialmente na Casa Branca”.

“Olha a preocupação do descondenado. Em videoconferência, ele pediu que Trump retirasse sanções da Magnitsky de Moraes. O Brasil com inúmeros problemas, mas ele coloca como prioridade ajudar o ministros que o ajudou a chegar à Presidência, completou.

A crítica de Jordy é semelhante à do deputado Bibo Nunes (PL-RS), que questionou o que Lula “quer esconder”. “Será que teme levar uma bronca de Trump pelas atrocidades e censura que vêm acontecendo no Brasil”, seguiu no questionamento.

A conversa de Lula e Trump ocorreu a pedido do presidente norte-americano e durou cerca de 30 minutos. Eles conversaram sobre as relações bilaterais entre os dois países e combinaram de se encontrarem pessoalmente em breve – há a expectativa de que conversem durante a cúpula da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean), na Malásia, no final do mês.

 

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