O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, não comparecerá à Cúpula da Amazônia, que começa nesta terça-feira, 8. A diplomacia venezuelana informou que Maduro está com infecção de ouvido. Delcy Rodríguez, vice do ditador, já está em Belém para representá-lo.
Na segunda-feira 7, Maduro afirmou, em sua conta no Twitter/X, que estava com otite, o que o impediria de gravar um programa de TV.
Esta seria a segunda visita de Maduro ao Brasil, desde que Lula tomou posse. A primeira, no fim de maio, foi repleta de críticas não só de parlamentares da oposição, mas de líderes de países do bloco.
O governo petista recebeu o ditador com honras militares, e Lula, em mais de uma ocasião, disse que há “narrativas” contra Maduro, acusado de perseguir opositores e de crimes contra a humanidade, ao reprimir protestos contra o governo.
Já confirmaram presença os presidentes da Bolívia, da Colômbia, da Guiana e do Peru. Além de Maduro, também não vão participar da Cúpula os presidentes do Equador, Guillermo Lasso, e do Suriname, Chan Santokhi. Os dois países enviaram ministros como representantes e podem participar normalmente dos debates, além de assinar a Declaração de Belém, documento final da Cúpula que será divulgado na quarta-feira, no encerramento do encontro.
Também participam representantes da Noruega e da Alemanha, os maiores doadores do bilionário Fundo Amazônia, que financia projetos de preservação da floresta.
A intenção é obter um compromisso conjunto para erradicar o desmatamento, com ações contra a criação de gado, o garimpo ilegal e o tráfico de madeira, armas e drogas.