O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, demitiu nesta terça-feira (5) o ministro da Defesa, Yoav Gallant, citando “diferenças significativas” na condução da guerra em curso contra o Hamas, o Hezbollah e o Irã. A decisão, que entrará em vigor em 48 horas, ocorre em meio a tensões crescentes entre os dois líderes nos últimos meses.
Netanyahu afirmou que, em tempos de guerra, é essencial haver “plena confiança” entre o primeiro-ministro e o ministro da Defesa, confiança essa que teria se deteriorado recentemente. Gallant, que ocupava o cargo desde março de 2023, não comentou publicamente sobre sua demissão até o momento.
A destituição de Gallant ocorre em um momento crítico para Israel, que enfrenta conflitos simultâneos em múltiplas frentes. A decisão de Netanyahu de substituir o ministro da Defesa pode ter implicações significativas na estratégia militar do país e na estabilidade política interna.
Em março de 2023, Netanyahu já havia tentado demitir Gallant após este criticar publicamente uma controversa reforma judicial proposta pelo governo. A tentativa anterior de demissão resultou em protestos em massa e levou Netanyahu a recuar na decisão.
A comunidade internacional observa com apreensão as recentes mudanças no alto escalão do governo israelense, especialmente devido ao contexto de conflitos regionais e às potenciais repercussões na segurança global.