Rubio intensifica aversão ao governo Lula e agrava tensões bilaterais
O secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Antonio Rubio, filho de imigrantes cubanos e no cargo desde 21 de janeiro de 2025 na administração Trump, intensificou nos últimos dias sua hostilidade em relação ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
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De acordo com análise da CNN Brasil, a “hostilidade do secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, em relação ao Brasil tem se intensificado, podendo comprometer as relações comerciais entre os dois países.” Segundo o analista Lourival Sant’Anna, Rubio “desenvolveu forte aversão ao governo brasileiro, sendo informado constantemente sobre os pronunciamentos de Lula, tanto em viagens internacionais quanto em eventos domésticos.”
O cenário diplomático chegou a um ponto crítico, com fontes em Washington apontando para a possibilidade de suspensão das relações diplomáticas, incluindo até o retorno de embaixadores. Observadores destacam que pronunciamentos anteriores de Lula foram interpretados na capital americana como tentativas de rebaixamento do governo Trump, agravando ainda mais o impasse.
A aversão de Rubio reforça uma tradição de críticas duras a governos de esquerda na América Latina. Em maio de 2023, o então senador chamou Lula de “último líder de extrema esquerda que blanqueia a natureza criminal do narco-regime de Maduro” em publicação na rede social X, evidenciando seu posicionamento ideológico firme contra administrações progressistas na região.
Especialistas internacionais, como analistas do Financial Times, observam que a migração de Rubio de senador para diplomata-chefe reforçou seu papel em moldar a política externa americana, privilegiando uma agenda nacionalista que pode dificultar o diálogo multilateral com o Brasil. Segundo a FT, mudanças no Departamento de Estado, como a purga de mais de 1.300 funcionários e a restrição de agências de cooperação, sinalizam um retrato mais duro na condução das relações exteriores sob sua liderança.
As declarações de Rubio e o risco de ruptura diplomática vêm acompanhados de alertas de empresários americanos, que recomendam ao Brasil evitar retaliações diretas e buscar compromissos de longo prazo em investimentos para não agravar perdas comerciais. O impasse ocorre em meio a negociações sensíveis, como acordos agrícolas, parcerias em tecnologia e investimentos em infraestrutura.
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