Nesta segunda-feira, 21 de abril, dois pilares de poder — um espiritual, outro tecnocrático — desabaram quase simultaneamente. O Papa Francisco, chefe da Igreja Católica e voz de um pontificado marcado por rupturas internas e alinhamentos globais, morreu no Vaticano às 7h35 da manhã. Poucas horas depois, Klaus Schwab, fundador e figura central do Fórum Econômico Mundial (FEM), anunciou sua renúncia imediata ao cargo que ocupou por mais de meio século.
“À medida que entro no meu 88º ano de vida, decidi deixar o cargo de presidente e membro do Conselho de Administração, com efeitos imediatos”, escreveu Schwab em carta divulgada pela instituição.
Schwab deixa o cargo como símbolo máximo do globalismo tecnocrático, responsável por promover ideias que chocaram democracias, mercados e consciências — como o infame lema do FEM: “Você não terá nada. E será feliz.” Uma visão distópica onde soberania, propriedade e privacidade são tratadas como obstáculos à “eficiência global”.
Enquanto isso, Francisco, o Papa que se aproximou perigosamente dessa agenda — seja nas questões climáticas, nos apelos por “governança mundial” ou nas declarações ambíguas sobre religião e moral — parte da cena no mesmo dia. Coincidência ou não, o simbolismo é inevitável.
Ambos foram alvos de duras críticas de conservadores ao redor do mundo: Schwab, como arquiteto da agenda globalista e defensor da fusão entre homem e máquina; Francisco, como o Papa que desafiou doutrinas, desarmou tradições e aproximou o Vaticano do discurso politicamente correto e internacionalista.
Com a morte de um e a renúncia do outro, o sistema que ambos ajudaram a erguer — um novo mundo sem raízes, sem nações, sem certezas — pode começar a ruir.
O que se segue é um campo aberto: a sucessão no Vaticano e a reconfiguração do Fórum de Davos. A disputa não será apenas por cargos — mas pelo destino da civilização ocidental.
Que venha o dia do juízo.