Na madrugada deste sábado, 27 de dezembro de 2025, a capital ucraniana Kiev foi alvo de uma intensa ofensiva russa com mísseis balísticos e drones, marcando mais uma escalada no conflito que se aproxima de quatro anos. Autoridades locais confirmaram que várias explosões foram ouvidas em diferentes regiões da cidade, gerando feridos e danos significativos à infraestrutura urbana e residencial.
Segundo Tymur Tkachenko, chefe da Administração Militar de Kiev, pelo menos 11 pessoas ficaram feridas, entre elas um adolescente de 16 anos, e vários bairros foram atingidos por múltiplos impactos. Em distritos como Dnipro e Darnytsia, prédios residenciais sofreram incêndios e colapsos parciais, exigindo a atuação de equipes de emergência.
Relatos oficiais indicam que incêndios ocorreram em zonas densamente povoadas, enquanto serviços de resgate ainda trabalhavam para retirar civis dos escombros nas primeiras horas da manhã. Autoridades de segurança também destacaram que alvos industriais e áreas suburbanas na região mais ampla de Kiev foram impactados.
O ataque foi registrado um dia antes de negociações cruciais entre a Ucrânia e os Estados Unidos, nas quais o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky se reunirá com o presidente norte-americano Donald Trump para discutir garantias de segurança, assistência militar e o status de territórios contestados como Donetsk e Zaporizhzhia.
Especialistas em segurança interpretam a ofensiva como uma mensagem estratégica de Moscou, potencialmente destinada a influenciar a agenda diplomática ou a demonstrar capacidade de pressão mesmo diante de negociações. Observadores internacionais ressaltam que tais ataques contra infraestruturas civis — incluindo energia e habitação — fazem parte de um padrão mais amplo de ataques russos desde o início da invasão em 2022, com consequências humanitárias agravadas pelo inverno rigoroso no país.
A guerra, que já deixou milhares de mortos e deslocados, tem visto flutuações intensas no ritmo de combates e diplomacia, com ofensivas e tentativas de cessar-fogo se alternando conforme interesses estratégicos de Kiev, Moscou e seus aliados. A expectativa agora se volta para os resultados das negociações em solo norte-americano e o impacto que esse ataque pode ter nas posições de todos os envolvidos.
Siga o DFMobilidade nas redes sociais para análises e atualizações em tempo real sobre a guerra na Ucrânia e seus desdobramentos globais.
