O jornal norte-americano New York Post afirma que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, mente para sobreviventes dos incêndios no Havaí. No Estado nesta semana, ele relacionou a tragédia a um suposto acidente doméstico pessoal.
Segundo editorial, texto que representa a opinião de um veículo de comunicação, Biden foi ao Havaí para contar uma história em que bombeiros já tiveram de “entrar dentro das chamas” na sua casa para resgatar a mulher dele, Jill Biden.
O presidente norte-americano e Jill chegaram ao Havaí na segunda-feira 21, em meio a críticas sobre a demora de resposta do governo à série de incêndios florestais, que já são considerados os mais mortais dos Estados Unidos em cem anos.
Durante o pico dos incêndios, Biden e Jill estavam de férias no Estado norte-americano de Nevada.
Segundo o New York Post, Biden contou a história de um acidente doméstico na sua cozinha em uma sala cheia de bombeiros de Maui, relativizando o trágico incêndio que acometeu regiões do Havaí com seu relato pessoal.
“Não quero comparar dificuldades, mas nós sabemos — Jill e eu — como é perder um lar”, afirmou Biden em outra reunião, com moradores de Lahaina, cuja cidade histórica foi destruída em 8 de agosto no incêndio, que já matou pelo menos 114 pessoas.
O jornal também afirma que Biden reconta constantemente a história do seu filho Beau Biden, que morreu devido a complicações de câncer no cérebro. No entanto, o presidente norte-americano afirma que ele morreu durante enfrentamento no Iraque.
O condado de Maui confirmou 114 pessoas mortas, das quais 27 foram identificadas. Além disso, 850 ainda estão desaparecidas, o que é visto como algo positivo pelas autoridades responsáveis, já que a contagem inicial continha 2 mil pessoas.
O prefeito Richard Bissen diz que está triste e aliviado com os números, já que o processo de resgate continua. “O número de identificados aumentará, e o número de desaparecidos poderá diminuir.”
Moradores do condado têm reclamado das operações de busca por desaparecidos e identificação dos corpos e relatam lentidão no processo. O ex-presidente Donald Trump chamou de “vergonhosa” a postura do seu sucessor — no caso, Joe Biden — por não responder antes à tragédia, que teve início há duas semanas.
Porta-vozes da Casa Branca alegam que Biden temia distrair as autoridades e os socorristas no local, e, portanto, atrasou a viagem de ida ao Havaí.
