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Joe Biden escolhe uma versão feminina de Ciro Gomes para vice

Autoritária, radical arrogante: conheça a candidata a vice-presidente na chapa do Partido Democrata.

A senadora Kamala Harris é a candidata a vice-presidente escolhida pelo democrata Joe Biden. O anúncio foi ansiosamente aguardado pelos democratas, que estão mais do que conscientes da fragilidade física e mental do cabeça da chapa do partido para as eleições de novembro. Há grandes chances de que o vice seja quem vai realmente governar o país se Biden vencer. Biden foi a escolha  da maioria dos democratas contra Sanders não porque fosse mais capaz ou mais qualificado. Ambos — Bernie Sanders e Joe Biden — são candidatos horríveis, com um passado medíocre, carreiras de segunda linha, septuagenários.  Biden só emplacou mesmo quando aliado a Obama, e foi escolhido como VP para servir como uma espécie de para-choque branco para acomodar os que ainda tinham pruridos racistas ou que com razão desconfiavam que o “moderado” candidato Barack podia estar ainda mais à esquerda do que aparentava ser.

A sua missão de para-choque do partido não terminou com o fim da era Obama. Mesmo tendo feito uma campanha medíocre, Biden acabou sendo escolhido como candidato dos democratas do meio de uma safra de candidatos incrivelmente radicais. Na falta de Hillary Clinton, ele era um “household name” da vez,  ou seja, um nome conhecido, que não apresentava grandes ameaças ao status quo, mas se mostrava capaz de amortecer a impressão de radicalismo anti-americano que Bernie Sanders, Elizabeth Warren e a própria Kamala Harris estavam passando para o eleitorado. Biden, o amortecedor de fala mansa, acabou se destacando como a opção mais palatável, menos abertamente venenosa do palanque democrata.

O partido preferiu colocar freio no galope  socialista de Bernie e optar pelo insosso “Sleepy Joe.” Mas o tino político de Biden, se é que algum dia mereceu algum crédito, atualmente está muito deficiente.  O candidato, ao invés de se manter na linha, escolhendo uma VP que ancorasse a campanha numa linha menos extremista, e que tivesse mais carisma popular do que ele, vai lá e escolhe Kamala.

Exemplos de escolha mais palatáveis seriam a senadora pelo estado de Minnesota, Amy Klobuchar, ou até a camaleônica, mas preferida por sete entre dez democratas brancos, Elizabeth Warren, a professora de Harvard que Trump chama de Pocahontas. Biden, no entanto, decide por uma radical de extrema-esquerda que havia caído no desagrado dos eleitores cedo na corrida das primárias. A própria Harris tinha achado por bem desistir da candidatura depois que as pesquisas indicavam uma adesão de de 1%.

Para comparar Kamala com um político brasileiro eu teria que dizer que ela é um cruzamento de Erika Kokay e Ciro Gomes. Erika Kokay, para quem não se lembra, é aquela  petista roxa, deputada federal até hoje, pertencente àquela cepa de petistas que demonstra lealdade canina aos slogans progressistas, principalmente os identitários. Kamala é semelhante, uma ideóloga presa  em seu esquerdismo de bolha. Não fala para o povo, não esconde a sua antipatia pelos “valores pequeno-burgueses”, e com um agravante: tem um perfil extremamente autoritário

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