O chefe da delegação do Hamas, Khalil al-Hayya, declarou nesta quinta-feira (9/10) que a guerra na Faixa de Gaza “terminou de forma permanente”, após garantias dadas por mediadores e pelos Estados Unidos. A fala veio no mesmo dia em que o governo israelense confirmou ter assinado, no Egito, a versão final da primeira fase de um acordo de cessar-fogo.
Pelo entendimento anunciado, o cessar-fogo entra em vigor até 24 horas após a ratificação do gabinete israelense. A etapa inicial prevê a libertação dos 48 reféns remanescentes em Gaza — 20 deles presumidos vivos — em até 72 horas depois do início da trégua, além de recuo parcial de tropas israelenses para uma “linha acordada” e abertura adicional de pontos de ajuda humanitária. Em contrapartida, Israel libertará mulheres e crianças palestinas presas, mais um contingente de longo prazo e milhares de detidos desde 7 de outubro de 2023. Números e prazos variam por mediador, mas giram em torno de 2 mil presos palestinos.
A confirmação pública de que “a guerra acabou” partiu de Hayya, que atribuiu o desfecho a garantias formais de Washington e de países árabes e turcos. Em Israel, autoridades reconhecem a assinatura da 1ª fase, mas destacam que pontos sensíveis — como a libertação de lideranças específicas e o desenho de segurança para o pós-guerra — seguem em negociação.
Apesar do avanço diplomático, organizações e analistas alertam para a fragilidade do entendimento e para a necessidade de verificação no terreno. Relatos de tiros de advertência e ataques localizados persistiram em Gaza enquanto a votação israelense não era concluída, sinalizando que a implementação exigirá monitoramento constante.
Contexto: o conflito, iniciado em 7 de outubro de 2023, deixou dezenas de milhares de mortos e destruiu infraestrutura essencial em Gaza. A etapa anunciada hoje integra um plano de paz em fases, com discussões futuras sobre desarmamento, retirada total e arranjos de governança.
Sugestão de foto livre (free): imagem aérea neutra de Gaza/rafah crossing ao entardecer (Unsplash/Pexels), sem identificação de pessoas.
Vamos continuar acompanhando os desdobramentos oficiais para checar a execução dos prazos e a ratificação final.
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