GM inicia produção de baterias LFP em Tennessee para baratear elétricos

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Em 14 de julho de 2025, a General Motors anunciou que sua joint venture Ultium Cells, em Spring Hill, iniciará a conversão de linhas de produção para fabricar células de fosfato de ferro-lítio (LFP), visando atender à crescente demanda por veículos elétricos mais acessíveis .

A adoção da química LFP — menos dependente de cobalto e níquel que as tradicionais células NMC (níquel-manganês-cobalto) — faz parte da estratégia da montadora para reduzir o custo dos seus elétricos, já que a bateria é o componente mais caro de um EV .

Segundo a GM, a próxima geração do Chevrolet Bolt EV e uma versão do Silverado EV utilizarão baterias LFP, com expectativa de autonomia de até 563 km e redução de US$ 6.000 no custo do pacote do Silverado EV .

A conversão das linhas de produção no complexo de Spring Hill começará no fim de 2025, com meta de produção comercial a partir do último trimestre de 2027 .

Embora a bateria LFP tenha sido desenvolvida originalmente na Universidade do Texas em Austin, foi na China que a tecnologia conquistou escala — hoje, fabricantes como BYD e CATL equipam mais de 80% dos veículos elétricos naquele país com células LFP .

Outras montadoras americanas também embarcaram nessa tendência: a Ford planeja produzir baterias LFP em Michigan, e a Tesla ampliou sua capacidade de LFP em Nevada. A parceria GM-LG, no entanto, já é a maior produtora de células de bateria da América do Norte, e a GM investe paralelamente em químicas de alto teor de manganês (LMR) e pesquisas em baterias de estado sólido .

No Brasil, elétricos responderam por apenas 7% das vendas de carros novos em 2021, com cerca de 1.300 pontos de recarga disponíveis em 2022. A redução dos custos unitários das baterias LFP pode contribuir para tornar os veículos elétricos mais competitivos em preço, atualmente na faixa de R$ 150 mil no Brasil .

Com o upgrade em Spring Hill, a GM reforça sua cadeia de suprimentos doméstica e sinaliza uma pressão adicional sobre concorrentes e mercados emergentes na América Latina, onde o barateamento das baterias pode acelerar a transição para a mobilidade elétrica .


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