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Fundador do Alibaba reaparece em ato público junto a Xi Jinping

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O fundador da gigante chinesa do comércio eletrônico Alibaba e outrora o homem mais rico do país, Jack Ma, reapareceu em público, nesta segunda-feira (16), em um evento oficial ao lado do presidente Xi Jinping, depois de manter um perfil excepcionalmente discreto desde o final de 2020, após um confronto de alto nível com as autoridades.

Um vídeo divulgado pelo canal de televisão estatal CCTV mostra Ma aplaudindo antes da entrada de Xi e de outros membros do alto escalão do Partido Comunista da China no início de um simpósio incomum com executivos do setor de tecnologia, incluindo empresas como Tencent, BYD, Huawei e DeepSeek.

A queda de Ma remonta ao final de 2020, quando ele fez um discurso polêmico no qual criticou fortemente a estratégia de Pequim de minimizar os riscos do sistema financeiro e dos bancos tradicionais, que, segundo ele, ainda eram administrados como “casas de penhores”.

Dias depois, os órgãos reguladores chineses forçaram a suspensão do IPO da subsidiária fintech do Alibaba, Ant Group, operadora da popular plataforma de pagamentos Alipay.

O negócio, que foi cancelado apenas 36 horas antes de ser realizado, seria o maior IPO da história: teria trazido cerca de 34,5 bilhões de dólares (R$ 196,97 bilhões) para a empresa, que seria avaliada em 314 bilhões de dólares (R$ 1.792,03 trilhões).

Até então, Ma era o homem mais rico do país – ele ainda está em oitavo lugar, com uma fortuna de 27,2 bilhões de dólares (R$ 155,30 bilhões), 44% a menos do que em 2021 – e não era apenas o grande rosto visível do desenvolvimento do setor privado no gigante asiático, mas também era considerado praticamente intocável, pois também era membro do partido.

O empresário não era conhecido apenas por sua atividade corporativa ou por suas muitas conferências, mas também por sua predileção pela câmera, tendo gravado seu próprio filme de kung fu e também aparecido no palco vestido de Michael Jackson durante um evento da empresa.

Depois de seu confronto com Pequim, Ma manteve um perfil discreto, tanto que houve especulações de que as autoridades poderiam tê-lo proibido de deixar o país ou até mesmo tê-lo detido, rumores que eram desfeitos a cada poucos meses com aparições ocasionais em eventos como visitas a escolas.

A chave, de acordo com especialistas, veio no início de 2023, quando o Ant Group cumpriu uma das principais exigências de Pequim: dissolver o poder de voto de Ma, o que muitos analistas interpretaram como o fim de uma campanha regulatória que resultou em multas antimonopólio contra o Alibaba e outras empresas proeminentes, como Tencent e o “Uber” chinês Didi.

Nas palavras da empresa de consultoria Trivium China, “a campanha começou com Jack Ma e termina com Jack Ma”.

Em março do mesmo ano, o empresário reapareceu na China após relatos de que ele havia se mudado para o exterior, e especialistas previram que Pequim esperava que seu retorno servisse para estimular os esforços do governo para recuperar a confiança do setor privado.

*Com informações da Agência EFE

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