O ex-diretor de inteligência militar da Venezuela, Hugo “El Pollo” Carvajal, revelou à Justiça dos Estados Unidos que o regime de Hugo Chávez manteve, por mais de 15 anos, uma estrutura internacional de financiamento ilícito a partidos e líderes de esquerda em diversos países. Entre os citados estão Luiz Inácio Lula da Silva (Brasil), Néstor Kirchner (Argentina), Evo Morales (Bolívia), Gustavo Petro (Colômbia), além do partido Podemos (Espanha) e o Movimento 5 Estrelas (Itália).
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Segundo o documento apresentado ao Tribunal Central de Instrução nº 6, na Espanha, a estatal venezuelana PDVSA funcionava como uma verdadeira “caixa-preta” do socialismo bolivariano, canalizando recursos de origem estatal para campanhas e movimentos ideológicos alinhados ao chavismo.
O depoimento de Carvajal foi anexado ao processo sobre o financiamento ilegal do partido espanhol Podemos. O ex-chefe militar relatou ter recebido relatórios detalhando transferências milionárias enviadas diretamente pelo governo venezuelano. A lista de beneficiários inclui ex-presidentes e partidos atualmente no poder em parte da América Latina e da Europa.
Fontes do Departamento de Justiça dos EUA (DOJ) e da Agência Antidrogas (DEA) confirmaram que Carvajal deve entregar documentos inéditos que comprovariam o funcionamento da rede internacional de lavagem de dinheiro e de influência política. A operação ficou conhecida como o “cartel vermelho”, expressão usada por investigadores norte-americanos para definir o sistema de cooperação entre regimes socialistas do continente.
A revelação reacende o debate sobre a extensão das conexões entre o chavismo e os atuais governos de esquerda na região, num momento em que os Estados Unidos intensificam a pressão diplomática contra a Venezuela e seus aliados.
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