O governo dos Estados Unidos, por meio do perfil oficial do Under Secretary for Public Diplomacy (@UnderSecPD) Mr. Beattie, divulgou nesta segunda-feira (8/9) uma mensagem em que cita nominalmente o ministro Alexandre de Moraes e afirma que “abusos de autoridade” minaram liberdades fundamentais no Brasil. O texto diz que, em apoio ao povo brasileiro que busca preservar “os valores da liberdade e da justiça”, Washington “continuará a tomar as medidas cabíveis”.
A publicação foi feita um dia após o 203º Dia da Independência. O post, com selo do Departamento de Estado, enquadra o tema como compromisso de política externa dos EUA com direitos e liberdades. Não há, porém, detalhamento sobre quais ações adicionais poderão ser adotadas.
Por que importa
• Raramente autoridades estrangeiras citam, de forma direta, um ministro da Suprema Corte de outro país — o que eleva o peso diplomático da mensagem.
• O teor do comunicado recoloca o debate sobre garantias de liberdade e devido processo no centro da relação bilateral Brasil–EUA.
• A ausência de especificação sobre “medidas cabíveis” abre espaço para desdobramentos diplomáticos e jurídicos.
O que observar a seguir
• Possíveis notas da Embaixada dos EUA no Brasil e do Departamento de Estado com novos detalhes.
• Eventuais manifestações do STF, do Itamaraty e do próprio ministro Alexandre de Moraes.
• Reações no Congresso e em entidades civis sobre o impacto institucional da fala de Washington.
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Por: Hamilton Silva — jornalista, editor-chefe do portal DFMobilidade, economista pela UCB, vice-presidente do Rotary Club de Brasília e diretor da ABBP.