A embaixada dos Estados Unidos na Venezuela intensificou a busca por três dos principais líderes do regime venezuelano, aumentando as recompensas por informações que levem à prisão de Nicolás Maduro, Diosdado Cabello e Vladimir Padrino López. A recompensa combinada pelos três agora soma impressionantes US$ 65 milhões, equivalente a cerca de R$ 400 milhões.
Em um movimento significativo, a embaixada divulgou novos cartazes de “PROCURA-SE”, destacando as figuras de Maduro, presidente contestado da Venezuela; Cabello, líder do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) e considerado o segundo homem mais poderoso do regime; e Padrino López, ministro da Defesa e um dos principais defensores militares do governo chavista.
Distribuição das recompensas
Segundo as informações fornecidas, os valores das recompensas foram reajustados para US$ 25 milhões por Maduro e Cabello, enquanto Padrino López tem uma recompensa fixada em US$ 15 milhões. Os Estados Unidos justificam o aumento dos valores como parte de um esforço contínuo para responsabilizar os líderes venezuelanos por acusações relacionadas ao narcotráfico, corrupção e violações de direitos humanos.
Impacto diplomático
A ação, que intensifica a pressão sobre o regime de Maduro, reflete a política norte-americana de isolar o governo venezuelano no cenário internacional. Desde 2020, quando o Departamento de Justiça dos EUA acusou Maduro e outras autoridades de narcoterrorismo, o país oferece recompensas por informações que levem à captura desses líderes. O novo anúncio reforça o compromisso de Washington com a deposição do regime chavista.
Resposta do governo venezuelano
Até o momento, o governo da Venezuela não emitiu resposta oficial ao aumento das recompensas. Em ocasiões anteriores, Maduro e seus aliados classificaram tais medidas como tentativas de desestabilização e interferência nos assuntos internos do país, além de acusarem os Estados Unidos de promoverem “uma guerra econômica e política” contra a Venezuela.
A estratégia por trás dos cartazes
A divulgação dos cartazes, que incluem fotografias e detalhes dos líderes procurados, é uma tentativa de envolver a comunidade internacional e cidadãos venezuelanos na busca por informações que possam levar à prisão dos acusados. Este tipo de campanha tem sido usado pelos EUA em operações semelhantes contra líderes de cartéis de drogas e organizações terroristas ao redor do mundo.
Com as novas recompensas, a embaixada dos EUA espera mobilizar uma rede de denúncias que possa colocar ainda mais pressão sobre os líderes venezuelanos, em um momento em que o regime enfrenta crescentes desafios econômicos e políticos.