EUA anunciam restrições de visto a autoridades coniventes com censura de americanos

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O governo dos Estados Unidos anunciou em 28 de maio de 2025 a imposição de novas restrições de visto para autoridades estrangeiras consideradas responsáveis por ações de censura contra cidadãos americanos, inclusive na esfera das redes sociais. A medida, anunciada pelo secretário de Estado Marco Rubio, estabelece que indivíduos que “emitam ou ameacem mandados de prisão por publicações em plataformas dos EUA” ou que “demandem moderação de conteúdo além de sua autoridade” perderão o direito de ingresso no país .

Segundo Rubio, tais ações de “censura flagrante” por governos estrangeiros violam princípios fundamentais de liberdade de expressão e extrapolam jurisdições legais aceitáveis. Embora não tenham sido nomeados casos específicos ou países-alvo, documentos oficiais orientam embaixadas americanas a aplicar a política a autoridades que interfiram em conteúdos protegidos publicados em solo estadounidense .

Em postagem na rede social X, o secretário reforçou que “americanos têm sido multados, assediados e até processados por autoridades estrangeiras apenas por exercitarem seus direitos de expressão” e que “quem ataca essa liberdade não deve desfrutar do privilégio de viajar aos EUA”. “Seja na América Latina, na Europa ou em qualquer outra região, terminou o tempo de tratamento passivo para quem mina direitos de americanos”, disse Rubio .

A iniciativa marca uma escalada nas tensões diplomáticas entre Washington e parceiros internacionais, em especial diante da controvérsia em torno da Lei de Serviços Digitais (Digital Services Act) da União Europeia, criticada por empresas de tecnologia como Meta por restringir excessivamente a liberdade de expressão online. Autoridades europeias, por sua vez, defendem o DSA como instrumento para combater conteúdos ilegais, como discurso de ódio e abuso sexual infantil .

Complementarmente, a medida amplia o uso de sanções via visto como instrumento de defesa de direitos humanos. Políticas similares já eram aplicadas em casos de violações extremas, a exemplo da “Khashoggi Ban”, direcionada a indivíduos envolvidos no assassinato do jornalista Jamal Khashoggi em 2021 .

Analistas apontam que a restrição pode gerar novos atritos transatlânticos e pressão sobre governos alvos de campanhas de moderação de plataformas americanas, além de sinalizar ao setor de tecnologia um reforço da soberania digital dos EUA. Autoridades do Departamento de Estado afirmam que a liberdade de expressão continuará pautando o diálogo com parceiros internacionais, determinando prioridades diplomáticas e comerciais.


 

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