Em entrevista a veículos internacionais, o senador Marco Rubio, citado equivocadamente como Secretário de Estado pelos próprios meios de comunicação, anunciou que o Departamento de Estado dos EUA implementará nova diretriz para cancelamento imediato de vistos de estrangeiros que participem de movimentos ou emitam declarações antissemitas. A medida integra esforço maior de vigilância e repressão a condutas consideradas ameaças à segurança nacional e à ordem pública.
Detalhes da diretriz
Rubio referiu-se a um memorando interno enviado a todas as embaixadas e consulados dos EUA, determinando que, ao identificar indícios de apoio a movimentos ou ideologias antissemitas, os oficiais consulares deverão iniciar processo de revogação sumária dos vistos em vigor . Segundo o senador, “não se trata de opinião política, mas de combate a manifestações de ódio que atentam contra valores fundamentais dos EUA” .
Escala da aplicação
Durante o mesmo pronunciamento, Rubio afirmou que mais de 300 vistos de estudantes estrangeiros já foram cancelados neste mês, em especial daqueles vinculados a protestos pró-Palestina que envolveram episódios antissemitas em universidades . Embora o foco inicial tenha sido no ambiente acadêmico, a diretiva não se restringe a esse meio, podendo atingir turistas, jornalistas e diplomatas.
Base legal e contextualização
A iniciativa apoia-se no Executive Order 14188, assinado em 29 de janeiro de 2025 pelo presidente Donald Trump, que estabeleceu “medidas adicionais para combater o antissemitismo” em solo americano . Entre as ações previstas nesse decreto estão monitoramento de redes sociais e coordenação interagências (Departamento de Justiça e Segurança Interna), com vista a identificar “apoio público a organizações ou ideologias antijudias” .
Repercussões e críticas
Organizações de direitos civis e instituições de ensino superior já manifestaram preocupação: alegam que o critério de “antissemita” pode ser aplicado de forma arbitrária, inibindo a liberdade de expressão e direitos de reunião pacífica. A Associação Americana de Universidades qualificou a medida como “excessiva e perigosa para o ambiente acadêmico” e anunciou revisão de possíveis ações judiciais.
Por outro lado, grupos judaicos comemoram o endurecimento, considerando-o essencial para coibir ataques verbais e simbólicos que têm se multiplicado em manifestações pró-Palestina e outras mobilizações públicas. Analistas internacionais ressaltam, contudo, que o sucesso da política dependerá da transparência e do respeito a garantias processuais, para evitar desgastes diplomáticos e tornar efetiva a defesa contra o antissemitismo sem descumprir tratados internacionais de direitos humanos.
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