O número de mortos em Israel devido ao ataque múltiplo lançado no último sábado (7) pelo grupo extremista Hamas ultrapassa os 700, à medida que avança a guerra com as milícias palestinas de Gaza. O Ministério da Saúde israelense confirmou que há também mais de 2.240 feridos em hospitais do país, 365 deles em estado grave.
O elevado número de mortos não tem precedentes na história de Israel, só comparável à sangrenta primeira guerra árabe-israelense de 1948, após a fundação do Estado.
“É o nosso 11 de setembro. É para nós um acontecimento semelhante no sentido de que vai mudar as regras do jogo. É um novo paradigma” disse o porta-voz internacional do Exército israelense, Richard Hecht, sobre o impacto do ataque do Hamas.
Israel e as milícias de Gaza entraram em guerra no sábado após o Hamas ter lançado uma intensa ofensiva múltipla, por terra, mar e ar, e se infiltrado no território israelense, disparando, atacando e raptando ao menos 100 israelenses, incluindo civis.
Em represália, o Exército israelense iniciou uma forte resposta ao bombardear alvos do Hamas na Faixa de Gaza, que segundo os últimos números divulgados pelo Ministério da Saúde palestino deixaram pelo menos 430 mortos e mais de 2,2 mil feridos.
O Exército confirmou que ainda existem tropas do Hamas dentro de território israelense, com as quais há combate ativo em várias comunidades perto de Gaza, mas afirma ter matado cerca de 400 terroristas dentro de Gaza e várias centenas em solo israelense.
Não está descartado que Israel empreenda uma ofensiva em grande escala por via terrestre nos próximos dias, mas analistas militares dizem que ainda não é o momento, pois ainda há tropas do Hamas dentro do país e devido ao grande número de israelenses mantidos em cativeiro em Gaza.
