Quanto Elon Musk teria que desembolsar para comprar a operação do TikTok nos EUA
Os mais de 170 milhões de usuários do TikTok nos EUA poderiam reforçar os esforços publicitários do X, enquanto a startup xAI, de Musk, poderia usar os dados do TikTok para treinar sua inteligência artificial
Diante de uma possível proibição do TikTok nos Estados Unidos devido a preocupações com a segurança nacional, a China estaria avaliando vender a operação americana da plataforma para Elon Musk, o homem mais rico do mundo, com fortuna estimada em US$ 441 bilhões.De acordo com reportagem da agência de notícias Bloomberg, com fontes ligadas ao assunto, Pequim colocou o nome de Musk, aliado do presidente eleito Donald Trump, em suas discussões de contingência, considerando um cenário em que o TikTok poderia ser operado como parte da plataforma X. Mas quanto isso custaria ao bilionário?
Dan Ives, analista da Wedbush Securities, afirmou que a compra custaria provavelmente entre US$ 40 bilhões e US$ 50 bilhões (entre R$ 242,4 bilhões e R$ 303 bilhões), segundo o site Quartz. Esse preço não inclui o algoritmo da ByteDance, dona do TikTok, para a plataforma de compartilhamento de vídeos, que a empresa provavelmente se recusaria a ceder.
“Isso aumentaria significativamente o valor da plataforma Twitter/X, e Musk provavelmente buscaria investimentos externos para adquirir esse ativo de ouro,” escreveu Ives, em nota. “Também é possível que, em vez de uma venda total, isso resulte em uma parceria conjunta, com Musk desempenhando um papel importante e ajudando a evitar uma proibição completa do TikTok nos EUA.”
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Os mais de 170 milhões de usuários do TikTok nos EUA poderiam reforçar os esforços publicitários do X, enquanto a startup xAI, de Musk, poderia usar os dados do TikTok para treinar sua inteligência artificial.
Parte do apelo de Musk como comprador potencial é sua relação próxima com Trump e seu cargo no novo governo. O bilionário também já demonstrou apoio ao TikTok. Em abril do ano passado, ele afirmou que uma proibição “seria contrária à liberdade de expressão” e “não é o que os EUA representam.”
Embora as autoridades chinesas prefiram que o TikTok permaneça totalmente sob o controle da ByteDance, a Suprema Corte dos EUA já sugeriu que provavelmente sustentará a lei que impõe a possível proibição. A lei exige que as operações do TikTok nos EUA sejam vendidas a um comprador norte-americano até 19 de janeiro, próximo domingo.
Por sua vez, Trump, que propôs pela primeira vez uma proibição do TikTok em 2020, mas mudou de ideia, poderia emitir uma pausa de 90 dias na proibição, caso a Suprema Corte a aprove. Ele também poderia solicitar ao Departamento de Justiça e ao procurador-geral que não apliquem a proibição.
Além de Musk, outros parceiros potenciais alternativos surgiram, incluindo um consórcio que inclui o bilionário Frank McCourt e o investidor Kevin O’Leary, do programa “Shark Tank”. Em maio passado, o ex-secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, também expressou interesse em comprar a parte norte-americana do TikTok.
*Com informações da Época