O ditador Nicolás Maduro disse que respeitará o resultado das eleições na Venezuela, a serem concluídas neste domingo, 27. Ele proferiu as declarações nesta manhã, ao ser interpelado pela imprensa, pouco antes da abertura oficial das urnas.
Incomodado com perguntas dos jornalistas, Maduro questionou uma repórter: “Você escutou o que eu disse?”. O chavista também se declarou o único candidato perseguido internacionalmente, em razão das críticas sobre seu governo autocrático.
Maduro está visivelmente esgotado. Essas foram suas palavras ao sair da seção eleitoral. Fala sem convicção alguma. Ele sabe, desde 2013, que jamais venceria uma eleição limpa. pic.twitter.com/mxF9J04x0i
— Leonardo Coutinho (@lcoutinho) July 28, 2024
A perseguição de Maduro a opositores
O regime de Maduro ampliou a perseguição política a opositores nos últimos meses, especialmente contra aqueles envolvidos na campanha eleitoral. A oposição, liderada por Edmundo González e María Corina Machado, pediu que eleitores acompanhem a auditoria das urnas.
Na Venezuela, bocas de urna são proibidas, e os resultados só são divulgados pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE). As urnas fecham às 19h, mas a votação continua até o último eleitor na fila votar. Espera-se que os resultados sejam divulgados na madrugada da segunda-feira 29.
Eleições na Venezuela sob suspeita
Maduro exigiu ausência de interferência externa no pleito: “A Venezuela não interfere nas eleições de nenhum outro país”, declarou. Na noite anterior à votação, o chavista se reuniu com observadores internacionais e embaixadores, incluindo a representante do Brasil.
“A farsa eleitoral na Venezuela”
O encontro, apesar de a campanha oficial ter terminado no dia 25, foi usado para exaltar o chavismo. Maduro criticou o ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro (PL) e afirmou que o TSE ficou chateado com suas “falas verdadeiras” sobre as eleições no Brasil.