O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, provocou um verdadeiro terremoto político neste domingo (9/2) ao solicitar a renúncia de todos os ministros e diretores de departamentos administrativos de seu governo. A decisão repentina expõe a fragilidade de uma gestão que prometeu mudanças, mas mergulhou o país em uma crise sem precedentes.
Segundo Petro, o objetivo da manobra é alinhar o governo ao “programa ordenado” pela população que o elegeu. “Solicitei a renúncia formal de ministros e diretores de departamentos administrativos. Haverá algumas mudanças no gabinete para alcançar maior conformidade com o programa ordenado pelo povo”, declarou o presidente, em uma publicação no X.
Por trás do discurso oficial, o país enfrenta uma realidade alarmante: a produção de cocaína disparou 10% em 2023, apesar da promessa de Petro de combater o narcotráfico — ironicamente, em uma nação que lidera o ranking mundial de produção da droga. Para piorar, o Exército de Libertação Nacional (ELN) e dissidentes das Farc intensificaram ataques contra o governo, transformando a região de Catatumbo, na fronteira com a Venezuela, em um verdadeiro campo de batalha, com cerca de 100 mortos em decorrência dos conflitos.
Enquanto Petro fala em “reorganização”, a Colômbia afunda em violência, tráfico e instabilidade. O futuro do país parece mais incerto do que nunca.
