Um ciberataque de grande escala paralisou hoje os sistemas do Banco Sepah, instituição financeira estatal que atua como braço do Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica (IRGC). Clientes de todo o país relataram falhas no internet banking, nos caixas eletrônicos e no processamento de transações. Postos de combustíveis vinculados ao banco também ficaram sem sistema de pagamento eletrônico.
Fundado em 1925, o Banco Sepah é o mais antigo do Irã e desempenha papel estratégico no financiamento de projetos militares e nucleares. Com aproximadamente 1 800 agências espalhadas pelo território iraniano e filiais em Londres, Paris, Frankfurt e Roma, atende cerca de 30 milhões de correntistas.
A autoria do ataque foi reivindicada pelo grupo hacker autodenominado Predatory Sparrow (Gonjeshke Darande), que alegou ter destruído dados em retaliação ao suposto financiamento de programas de mísseis e nucleares pelo IRGC. Conhecido por invadir sistemas de ferrovias e distribuição de combustíveis em 2021, o grupo afirma ter acessado arquivos sensíveis e exigido o encerramento imediato das operações.
Em comunicado oficial, o Banco Sepah atribuiu a paralisação a “atualizações de rotina” e não mencionou a possibilidade de invasão externa. Analistas de segurança cibernética alertam que omitir a verdadeira causa do incidente pode agravar as suspeitas de fragilidade na proteção digital da instituição e intensificar a crítica interna ao IRGC.
Este episódio segue o padrão de tensões regionais que migraram para o ciberespaço, como evidenciado pelo ataque do grupo Codebreakers em março de 2025, quando 12 terabytes de dados de clientes foram vazados e um resgate de US$ 42 milhões em bitcoin foi exigido.
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